ONG israelitas querem mundo a impedir expulsão dos palestinianos de Gaza
Várias organizações não governamentais israelitas defensoras dos direitos humanos instaram hoje a comunidade internacional a não ser "cúmplice" da expulsão da população palestiniana residente no norte da Faixa de Gaza.
© Abood Abu Salama/Anadolu via Getty Images
Mundo Médio Oriente
As ONG Gisha, B'Tselem, PHR-I e Yesh Din, que também querem um cessar-fogo imediato, pretendem que "a comunidade internacional tome medidas agora para impedir que Israel transfira pela força centenas de milhares de palestinianos que permaneceram no norte da Faixa de Gaza para forma dessa zona".
Estas organizações querem também que não se permita a Israel a expulsão da população da Faixa de Gaza, através da "negação da entrada de ajuda humanitária essencial e combustível".
Este conjunto de ONG alertou que "existem sinais alarmantes de que o exército israelita está a começar a aplicar silenciosamente o [designado] Plano dos Generais, também conhecido como Plano Eiland, que visa a transferência forçada e total dos civis do note da Faixa de Gaza, através do endurecimento dos ataques na zona e da fome da população".
Neste sentido, as ONG consideraram que os Estados "têm a obrigação de prevenir os crimes de fome e transferências forçadas".
De forma crítica, alertaram que o atual comportamento da comunidade internacional, de "esperar para ver", sem fazer nada, "vai permitir que Israel liquide o norte da Faixa de Gaza" e converter os Estados em "cúmplices" do governo israelita.
"Todos os Estados e todas as instituições internacionais pertinentes têm de agir agora e utilizar todas as ferramentas ao seu dispôs [jurídicas, diplomáticas e económicas] para o evitar", defenderam as quatro ONG.
Os militares israelitas lançaram uma nova ofensiva militar no norte da Faixa de Gaza em 06 de outubro, e onde tinham saído em maio, com o argumento de que o Hamas estava a reorganizar-se.
Desde então, mais de 300 palestinianos foram mortos pelos israelitas.
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