Coreia do Norte ordena fogo de artilharia na fronteira se detetar 'drones'

O exército norte-coreano anunciou hoje que ordenou às unidades de artilharia posicionadas ao longo da fronteira com a Coreia do Sul que abram fogo caso detetem novos 'drones' do país vizinho.

North Korean leader Kim Jong Un inspects training base of special operations unit of the Korean People's Army

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Lusa
14/10/2024 06:19 ‧ 14/10/2024 por Lusa

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Coreia do Norte

As unidades de artilharia "nas proximidades da linha de fronteira" receberam uma ordem do alto comando militar a 12 de outubro para "se prepararem totalmente para abrir fogo", lê-se numa nota do porta-voz do Estado-Maior norte-coreano, publicada pela agência de notícias estatal KCNA.

 

O texto refere que o Estado-Maior considera que "existe uma grande possibilidade de infiltração adicional de 'drones' da República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] no espaço aéreo nacional" e que os preparativos foram feitos tendo em conta "circunstâncias em que ataques imediatos a alvos inimigos específicos são inevitáveis" e que é impossível "excluir um conflito armado subsequente".

A ordem destina-se a oito brigadas de artilharia "totalmente armadas em modo de guerra", ainda segundo a nota, que acrescenta que "os postos de observação antiaérea na capital, Pyongyang, foram reforçados".

A mensagem surge um dia depois de Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano, Kim Jong-un, ter avisado o Sul que enfrenta um "desastre horrível" se voltar a enviar 'drones' para o país, depois de Pyongyang ter afirmado que vários 'drones' sul-coreanos sobrevoaram recentemente a capital da Coreia do Norte.

O país afirmou a 11 de outubro que o Sul enviou 'drones' com panfletos de propaganda anti-regime para Pyongyang, pelo menos três vezes na semana passada, e divulgou fotografias de um dos veículos aéreos não tripulados captadas à noite.

Pyongyang não especificou se os 'drones' foram comandados pelas forças armadas do Sul ou por ativistas dos direitos humanos, que enviam regularmente balões de propaganda do Sul.

Tanto o Ministério da Defesa como o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul negaram ter conhecimento do envio dos alegados 'drones' para o país vizinho.

Os ativistas referidos afirmaram que já chegaram a enviar drones para a Coreia do Norte carregados de panfletos.

A deteção dos 'drones' sobre a capital norte-coreana surge depois de Pyongyang ter anunciado, na semana passada, que está a cortar e a fortificar as estradas e caminhos-de-ferro que ligam ao Sul.

A ação é uma resposta a uma emenda constitucional recentemente aprovada, que se acredita ter redesenhado unilateralmente as fronteiras nacionais por ordem do líder Kim Jong-un, que no início do ano declarou o Sul como o principal inimigo nacional.

Leia Também: Zelensky acusa Coreia do Norte de enviar soldados ao exército russo

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