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Líder de Taiwan promete "resistir à anexação" da ilha pela China

O líder de Taiwan, William Lai, comprometeu-se hoje a "resistir à anexação" da ilha, que a República Popular da China reivindica como parte do seu território a ser reunificado um dia, pela força, caso seja necessário.

Líder de Taiwan promete "resistir à anexação" da ilha pela China
Notícias ao Minuto

06:43 - 10/10/24 por Lusa

Mundo Taiwan/China

"Vou manter o meu compromisso de resistir à anexação ou à usurpação da nossa soberania", declarou Lai, durante um discurso, proferido em frente ao palácio presidencial de Taipé, nas celebrações do Dia Nacional.

 

Nos últimos dias, as ruas de Taipé e de várias cidades da ilha encheram-se de bandeiras para celebrar o Dia Nacional da República da China [nome oficial de Taiwan], uma data que comemora o início da Revolução Xinhai, a 10 de outubro de 1911, que terminou com o derrube da última dinastia imperial e a criação de uma república.

Depois da vitória das tropas comunistas na guerra civil chinesa (1927-1949), Mao Zedong proclamou a criação da República Popular da China em 01 de outubro de 1949, o que levou o governo da República da China, então liderado pelo nacionalista Chiang Kai-shek, a retirar-se definitivamente para Taiwan em dezembro do mesmo ano.

Desde então, Taiwan tem sido governada autonomamente, embora o seu estatuto internacional tenha sido consideravelmente reduzido nos últimos anos devido à pressão diplomática de Pequim, que reivindica a soberania sobre a ilha.

As relações entre Pequim e Taipé agravaram-se desde 2016, quando Tsai Ing-wen se tornou líder de Taiwan, e depois o sucessor, Lai, em maio último.

Pequim descreveu Lai como "um separatista" e acusou-o, na terça-feira, de alimentar "hostilidades", depois de Lai ter dito "ser impossível" que a China comunista fosse a "pátria mãe" dos taiwaneses.

Pequim intensificou a pressão militar e política sobre Taiwan nos últimos anos. E advertiu várias vezes de que não abdicará de recorrer à força para recuperar o controlo do território.

Nos últimos dois anos, organizou três séries de manobras em grande escala, com força aérea e marinha para cercar a ilha.

Pequim também envia navios de guerra e aviões de combate para patrulhar Taiwan quase diariamente.

Vinte e sete aviões militares chineses e nove navios da marinha chinesa foram identificados em redor da ilha nas últimas 24 horas, entre quarta e hoje, disse o Ministério da Defesa de Taiwan.

Entre os convidados estrangeiros que estão nas celebrações do Dia Nacional de Taiwan contam-se três membros do Congresso dos Estados Unidos e altos funcionários de vários dos 12 Estados que ainda mantêm relações diplomáticas com Taiwan.

Desde 1979 que Washington reconhece Pequim como o único governo legítimo de toda a China, em detrimento de Taipé, mas continua a ser o aliado mais poderoso de Taiwan e o seu principal fornecedor de armas.

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