WWF alerta para pontos de rutura do planeta "potencialmente catastróficos"

A associação ambientalista World Wide Fund for Nature (WWF) alertou hoje para setores/regiões do planeta que estão quase a entrar em rutura e diz que caso as tendências se mantenham as consequências serão "potencialmente catastróficas".

A diver explores the coral reef at the Bunaken Island marine protected national park in Manado on May 13, 2009 as the capital city of northern Sulawesi hosts the World Ocean Conference. Climate change could wipe out an ocean wilderness said to be the worl

© Getty Images

Lusa
10/10/2024 00:04 ‧ 10/10/2024 por Lusa

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A WWF publica anualmente um relatório sobre o estado de saúde do planeta, chamado "Índice Planeta Vivo", e na edição deste ano, hoje divulgada, alerta para a aproximação de "pontos de viragem perigosos".

 

A associação ambientalista internacional alerta que na natureza há mudanças que podem ser pequenas e graduais mas podem ter "impactos cumulativos" que vão desencadear mudanças maiores e mais rápidas, que quando atingem um limiar a mudança pode perpetuar-se sozinha, atingindo um ponto de rutura.

Há pontos de rutura globais, alerta a WWF, que são ameaças graves para a humanidade porque danificam os sistemas de suporte de vida na Terra. "Há vários pontos de rutura a nível mundial que estão a aproximar-se rapidamente".

Segundo o relatório, um ponto de rutura pode ser a mortalidade em massa dos recifes de coral, que a acontecer destruiria a pesca e a proteção contra tempestades, e outro o da floresta tropical amazónica, que libertaria toneladas de carbono para a atmosfera perturbando os padrões climáticos do planeta.

O colapso da corrente circular a sul da Gronelândia (colapso do giro subpolar) também afetaria drasticamente o clima na Europa e América do Norte, e o derretimento dos mantos de gelo da Gronelândia e da Antártida Ocidental faria subir o nível do mar em muitos metros, além de desencadear o degelo do "permafrost" (solo gelado em permanência) em larga escala provocando grandes emissões de dióxido de carbono e metano.

Há pontos de rutura que já estão a acontecer a nível regional, diz a WWF, que exemplifica com o que se passa na América do Norte, onde a infestação de escaravelhos do pinheiro e os incêndios florestais empurram as florestas de pinheiros para a rutura, sendo substituídos por arbustos e prados.

Na Amazónia a desflorestação e alterações climáticas reduziram a chuva e o ponto de rotura será quando deixar de haver condições para a floresta tropical, com "consequências devastadoras para as pessoas, a biodiversidade e o clima global".

"Um ponto de viragem poderia estar no horizonte se apenas 20-25% da floresta amazónica fosse destruída e estima-se que 14-17% já tenha sido desflorestada", avisa a WWF.

A WWF é uma organização independente de conservação com mais de 38 milhões de seguidores e uma rede global ativa em mais de 100 países.

A Sociedade Zoológica de Londres (Instituto de Zoologia) gere o Índice Planeta Vivo com a WWF. É uma instituição de conservação fundada em 1826 e que trabalha para restaurar a vida selvagem no Reino Unido e em todo o mundo.

Leia Também: Associação pede contenção na construção de barragens e restauro dos rios

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