Um ano após rapto, anunciada morte de refém luso-israelita em Gaza
Faz hoje um ano que terá sido raptado do festival de música Nova durante o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas, ao sul de Israel.
© Reprodução/Israel Hayom
País Israel
O Fórum das Famílias anunciou a morte de um refém luso-israelita, esta segunda-feira, um ano depois de ter sido raptado do festival de música Nova durante o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas, ao sul de Israel.
"O Fórum das Famílias dos Reféns lamenta o assassínio de Idan Shtivi", de 28 anos, cujo "corpo ainda se encontra" em Gaza, escreveu o Fórum num comunicado sem avançar mais pormenores, numa altura em que Israel assinala o primeiro aniversário do dia mais mortífero da sua história.
Também as Forças de Defesa de Israel confirmaram a morte do luso-israelita, referindo que a sua conclusão sobre a morte do refém foi feita com base em informação reunida por fontes do governo e fontes militares.
Em Reim, no local do massacre no festival de música Nova, onde morreram mais de 370 pessoas, uma multidão de luto deu início às cerimónias com um minuto de silêncio, precisamente às 06h29 (04h29 em Lisboa), hora em que o movimento islamita palestiniano lançou o ataque sem precedentes no sul de Israel há um ano.
Esta cerimónia é a primeira de uma série de eventos que terão lugar ao longo do dia, enquanto o país continua em guerra em Gaza, e agora também no Líbano, onde o exército israelita lançou uma ofensiva terrestre contra o movimento fundamentalista xiita libanês Hezbollah.
Na rede social X, o ex-embaixador de Israel em Portugal já lamentou a morte do cidadão luso-israelita.
Today, it was announced that Idan Shtivi was murdered on October 7, and his body was taken to Gaza.
— Dor Shapira🇮🇱 (@ShapiraDor) October 7, 2024
For the past year, Revital and I had the honor of getting to know and supporting Idan's family — his mother Dalit, his brother Omri, and his father Eli. Throughout this difficult… pic.twitter.com/xSa2onOGv3
Há um ano, comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza penetraram no sul de Israel, utilizando explosivos e 'bulldozers' para atravessar a barreira que rodeia o território palestiniano, matando indiscriminadamente em 'kibutzs', bases militares e no local do festival Nova.
Nas horas que se seguiram, o exército israelita lançou uma poderosa ofensiva contra o território palestiniano para destruir o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.
O ataque do Hamas, que apanhou Israel de surpresa, fez 1.205 mortos, na maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP) baseada nos números oficiais israelitas, incluindo os reféns que morreram em cativeiro.
As represálias militares na Faixa de Gaza mataram pelo menos 41.825 pessoas, na maioria civis, indicam dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera fiáveis.
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