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Cisjordânia. Autoridade Palestiniana relata 18 mortos em ataque israelita

A Autoridade Palestiniana anunciou hoje à noite a morte de 18 pessoas na sequência de um ataque israelita ao campo de refugiados de Tulkarem, cidade no norte da Cisjordânia onde as forças israelitas reportaram um ataque aéreo.

Cisjordânia. Autoridade Palestiniana relata 18 mortos em ataque israelita
Notícias ao Minuto

22:43 - 03/10/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Dezoito mártires após o bombardeamento do campo de Tulkarem pela ocupação", frisou o Ministério da Saúde palestiniano na sua conta na rede social Telegram, revendo em alta um número anterior de 16 mortos. Israel ocupa a Cisjordânia desde 1967.

 

Num breve comunicado militar das forças israelitas tinha indicado que a Força Aérea realizou hoje um ataque em Tulkarem numa operação conjunta com o Shin Bet (agência de segurança interna de Israel).

Mais tarde, as Forças de Defesa de Israel (FDI) reivindicaram a morte de um líder do movimento islamita palestiniano Hamas no ataque, identificado como Zahi Yaser Abdel Razaq Awfi, e "outros membros proeminentes" do grupo foram mortos.

Os militares sustentaram que Awfi planeava realizar uma "operação terrorista" dentro de Israel "em breve".

Um responsável do campo de refugiados, Fayçal Salama, destacou à agência France-Presse (AFP) que o ataque foi executado por um caça F-16.

Um morador indicou, por sua vez, que o avião israelita "atingiu uma cafetaria [num] edifício de três andares" e que havia "muitas vítimas no hospital, crianças, jovens mortos, e o número (final) não é ainda conhecido".

Tulkarem é uma das cidades e campos de refugiados palestinianos alvo, no final de agosto, de uma ofensiva em grande escala do Exército israelita contra grupos armados que combatem Israel no norte da Cisjordânia.

As hostilidades na região do Médio Oriente eclodiram depois de o movimento islamita palestiniano Hamas ter atacado Israel, a 07 de outubro de 2023, causando cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em resposta, o exército israelita lançou uma investida contra a Faixa de Gaza que, até à data, causou a morte de aproximadamente 41.800 pessoas, além de mais de 700 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, de acordo com as autoridades locais.

Os atentados de 07 de outubro, apelidados de "Dilúvio de Al Aqsa" pelo Hamas e seus aliados, e a retaliação israelita desestabilizaram toda a região e levaram também à intensificação das hostilidades entre Israel e o grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.

A Guarda Revolucionária iraniana bombardeou Israel com mísseis balísticos na terça-feira à noite, em retaliação pela morte do líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um general iraniano em Beirute, num bombardeamento israelita, a 27 de setembro, e pelo assassínio do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, em julho.

A ofensiva de terça-feira ocorreu num contexto de tensões acrescidas na região, depois de Israel ter anunciado, na segunda-feira, o envio de tropas para o sul do Líbano para desmantelar as infraestruturas do grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão, após mais de uma semana de pesados bombardeamentos israelitas no sul e no leste do Líbano.

Segundo as autoridades libanesas, os bombardeamentos israelitas já provocaram a morte de cerca de 2.000 pessoas e deixaram um milhão de desalojados.

[Notícia atualizada às 23h32]

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