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Israel agirá se Hezbollah usar principal posto fronteiriço sírio-libanês

O exército israelita garantiu hoje que o movimento xiita Hezbollah está a utilizar o principal posto fronteiriço sírio-libanês para introduzir material bélico no país e ameaçou "agir" caso o exército libanês não impeça a entrada de armamento. 

Israel agirá se Hezbollah usar principal posto fronteiriço sírio-libanês
Notícias ao Minuto

18:21 - 03/10/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"O Exército [de Israel] não permitirá o contrabando dessas armas e não hesitará em agir se for forçado a fazê-lo, como tem feito durante esta guerra", disse o porta-voz árabe das Forças Armadas israelitas, Avichay Adraee, num comunicado divulgado na rede social X, aludindo ao posto fronteiriço - conhecido como Masnaa, no Líbano, e Jdeidet Yabous, na Síria - e controlado pelos militares libaneses.

 

O comunicado israelita denuncia que o grupo xiita libanês Hezbollah transferiu as operações de transporte de "equipamento de guerra" para o posto de Masnaa, utilizado para transporte civil. 

"Desde que os centros de contrabando na fronteira sírio-libanesa foram atacados há uma semana, a passagem fronteiriça de Masnaa tornou-se a principal através da qual o Hezbollah transporta meios de combate", disse o porta-voz militar israelita.

"O Estado libanês é responsável pelas passagens fronteiriças oficiais e pode impedir o Hezbollah de as atravessar", acrescentou Andraee.

Segundo a declaração militar israelita, aviões de Israel já bombardearam passagens de fronteira usadas pelo Hezbollah para trazer armas da Síria para o Líbano, o que, segundo a sua versão, forçou o movimento a transportar material de guerra através de Masnaa.

A passagem de Masnaa está localizada na principal artéria que liga Beirute a Damasco e tem sido utilizada pela maioria dos 128 mil refugiados sírios e libaneses que fugiram dos ataques israelitas a várias cidades libanesas.

No último ano, mas em particular nos últimos dias, cerca de 2.000 pessoas foram mortas por ataques israelitas, enquanto a violência também forçou mais de 1,2 milhões de pessoas a fugirem das suas casas, segundo o governo libanês.

Face às ameaças, as autoridades libanesas limitaram-se a confirmar que são elas que controlam a referida passagem, bem como todos as outras fronteiras do país.

O ministro das Obras Públicas e Transportes libanês, Ali Hamie, garantiu hoje numa conferência de imprensa em Beirute que "todas as passagens fronteiriças, a primeira das quais é Masnaa" estão sob vigilância de instituições estatais, como do próprio departamento estatal que tutela, das autoridades aduaneiras, a Direção Geral de Segurança e o exército.

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