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Khamenei dirige primeira oração de 6.ª-feira coletiva desde 2020

O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, liderará a sua primeira oração coletiva de sexta-feira desde 2020, em homenagem ao líder assassinado do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, num contexto de tensões devido ao ataque iraniano a Israel.

Khamenei dirige primeira oração de 6.ª-feira coletiva desde 2020
Notícias ao Minuto

17:05 - 02/10/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, vai liderar a oração coletiva desta sexta-feira em Teerão, bem como a cerimónia de comemoração do porta-estandarte mártir da resistência Hassan Nasrallah na Mesquita Imam Khomeini", informou hoje a principal autoridade política e religiosa do país num comunicado divulgado no seu 'site' da Internet.

 

"A cerimónia realiza-se na véspera do primeiro aniversário da tomada da 'Tempestade de Al-Aqsa' pelos combatentes da resistência islâmica da Palestina", acrescentou o comunicado, referindo-se ao ataque do Hamas a Israel a 07 de outubro de 2023.

A última vez que Khamenei liderou a oração coletiva de sexta-feira foi em 2020, após a morte de Qasem Soleimani, o antigo general responsável pela Força Quds dos Guardas da Revolução Iraniana (IRGC), morto pelos Estados Unidos no Iraque.

Nessa ocasião, Teerão atacou uma base norte-americana no Iraque como retaliação, mas não causou danos graves.

Horas antes da confirmação da oração, Khamenei criticou os países ocidentais pela sua alegada culpa na violência no Médio Oriente.

"A base dos problemas da região é a presença de atores como os Estados Unidos e alguns países europeus que falsamente clamam por paz e tranquilidade", defendeu Khamenei hoje, num encontro com estudantes em Teerão.

"Quando a região se livrar deles, não haverá dúvida de que as guerras cessarão por completo", asseverou a autoridade política e religiosa máxima do país persa.

A Guarda Revolucionária iraniana bombardeou Israel com mísseis balísticos na terça-feira à noite, em retaliação pela morte de Nasrallah e de um general iraniano em Beirute, num bombardeamento israelita, na sexta-feira, e pelo assassínio do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, em julho.

Na sequência do ataque, o Irão avisou os países da região de que considerará "inimigos" aqueles que cederem o seu espaço aéreo a Israel para uma eventual retaliação ao seu ataque com mísseis na terça-feira à noite e apelou aos Estados Unidos para não interferirem.

Mas, ao mesmo tempo, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, manteve hoje conversações com os homólogos do Reino Unido, França e Alemanha, para tentar conter a tensão crescente na região.

Este é o segundo ataque com mísseis iranianos contra Israel desde que Teerão atacou pela primeira vez território israelita, em abril passado, com outra série de disparos de mísseis e 'drones' (aeronaves não-tripuladas) em resposta à morte de sete militares no consulado iraniano em Damasco.

Leia Também: Irão acusa EUA e países europeus de causarem problemas na região

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