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Homem acusado de tentar matar Trump na Florida declara-se "não culpado"

Ryan Routh declarou-se hoje "não culpado" da tentativa de assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano Donald Trump, durante uma audiência num tribunal federal do sudeste da Florida.

Homem acusado de tentar matar Trump na Florida declara-se "não culpado"
Notícias ao Minuto

06:39 - 01/10/24 por Lusa

Mundo Ryan Routh

Routh, de 58 anos, a quem foi negada fiança, enfrenta várias acusações, incluindo a tentativa de homicídio de Trump, em 15 de setembro, num campo de golfe na Florida.

 

Na semana passada, os procuradores divulgaram uma carta manuscrita de Routh na qual este detalhava o seu plano para matar Trump e lamentava não o ter conseguido.

Routh é também acusado de dois crimes com armas, incluindo a remoção do número de série de uma arma de fogo e a posse de uma arma de fogo enquanto criminoso condenado.

Na breve audiência de três minutos perante o juiz Bruce E. Reihart, o arguido foi informado das acusações e das possíveis penas máximas.

Se for condenado por tentativa de homicídio, Routh, que requereu um julgamento com júri na audiência, poderá ser condenado a prisão perpétua.

Além disso, Routh poderá enfrentar um processo estadual. O governador da Florida, o republicano Ron DeSantis, determinou uma investigação ao incidente para que se pudesse considerar uma acusação.

No dia dos acontecimentos, o homem foi localizado pelo Serviço Secreto, que o descobriu armado com uma espingarda semiautomática escondida atrás de alguns arbustos no Trump International Golf Club, em West Palm Beach, propriedade do magnata.

Routh fugiu do local sem abrir fogo quando um polícia o baleou depois de ver a sua espingarda a atravessar uma vedação, mas o arguido deixou a arma para trás com as suas impressões digitais, segundo os procuradores.

Graças à denúncia de uma testemunha ocular, Routh foi posteriormente mandado parar pela polícia local enquanto conduzia em direção a norte na Interstate 95.

Posteriormente, os agentes do FBI (polícia federal) encontraram na zona uma espingarda carregada com o número de série riscado e ilegível, bem como uma mira telescópica, uma câmara digital, uma mochila e uma bolsa.

Routh, que residia atualmente no Havai e tem antecedentes criminais noutros estados, escreveu que se sentia culpado por ter ajudado a eleger um presidente "que se revelou estúpido".

"A violência contra funcionários públicos põe em perigo tudo o que o nosso país representa e o Departamento de Justiça usará todas as ferramentas para responsabilizar Routh" pela tentativa de assassinato de Trump, garantiu, em comunicado divulgado na semana passada, o procurador-geral dos EUA, Merrick B. Garland.

Routh, que trabalhava na indústria da construção antes do incidente, está detido no Miami Federal Center enquanto aguarda julgamento e é representado por um defensor público.

Em julho, um outro atirador, Thomas Michael Crooks, acedeu ao telhado de um prédio próximo e abriu fogo contra Trump, durante um comício na Pensilvânia.

Trump foi ferido numa orelha e um homem que estava no comício com a sua família foi morto.

Leia Também: Filho de Ryan Routh diz que suspeito "odeia" Trump mas "não é violento"

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