Rússia acusa Ocidente de dificultar ligações com enclave de Kaliningrado

O conselheiro presidencial russo Nikolai Patrushev acusou hoje os países ocidentais de "dificultarem ao máximo" as ligações entre o país e Kaliningrado para isolar este enclave russo situado nas margens do Báltico.

PAGEGIAI, LITHUANIA - APRIL 16: A road sign directs traffic towards Kaliningrad on April 16, 2022 in Pagegiai, Lithuania. Russia's Kaliningrad exclave, on the shore of the Baltic Sea, is sandwiched between NATO members Lithuania and Poland and is the Balt

© Getty Images

Lusa
27/09/2024 16:33 ‧ 27/09/2024 por Lusa

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"Para isolar esta região, para impedir o fluxo de transportes com o território da Rússia, os países ocidentais estão a dificultar ao máximo o trânsito de passageiros e de carga para Kaliningrado", criticou o antigo secretário do Conselho de Segurança russo.

 

Patrushev alegou ainda que cerca de 80% dos bens e mercadorias necessários ao enclave, localizado entre a Polónia e a Lituânia (ambos membros da NATO), não podem atualmente ser carregados por via terrestre, rodoviária ou ferroviária.

Assim, grande parte da carga é transportada por via marítima, acrescentou, detalhando o trabalho para encaminhar "cargas de gasóleo, cimento, brita e outras mercadorias para a frota de petroleiros, graneleiros e navios de carga geral".

Segundo a mesma fonte, atualmente a linha marítima que liga os portos de Baltiysk, em Kaliningrado, e Ust-Luga, na região de Leninegrado, é "a única artéria de transporte que permite o trânsito de cargas que contornam o território de países hostis".

Neste cenário, as autoridades russas decidiram construir dois 'ferries', que devem estar concluídos em 2028, e estão já a expandir as infraestruturas ferroviárias ligadas a ambos os portos.

"A primeira linha do terminal marítimo de passageiros e de carga em Pionersky (cidade portuária da região de Kaliningrado) entrou em funcionamento. Esta instalação tornar-se-á uma das maiores do noroeste da Rússia", afirmou Patrushev.

O novo terminal terá capacidade para receber até 225.000 passageiros e até 80.000 vagões de carga por ano, adiantou o responsável.

A Rússia tem sido alvo de sanções dos países ocidentais desde que invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

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