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Conselho de Segurança da ONU sem conseguir fazer nada? "Que tragédia"

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou na quarta-feira trágico que o Conselho de Segurança das Nações Unidas seja incapaz de resolver as crises ou de implementar os acordos que consegue alcançar.

Conselho de Segurança da ONU sem conseguir fazer nada? "Que tragédia"

© Lusa

Lusa
26/09/2024 14:27 ‧ há 11 meses por Lusa

Intervindo numa reunião de urgência do Conselho de Segurança sobre o Líbano, que decorreu na noite de quarta-feira, à margem da 79.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança questionou "se não será melhor para o Conselho falar de Insegurança - que regista crises, recriminações e queixas, sem as resolver".

 

"E, quando chegam a acordo sobre alguma coisa, não são capazes de implementar", acrescentou, rematando: "Que tragédia".

Sobre o conflito no Líbano, que se agudizou desde o início desta semana com bombardeamentos israelitas, principalmente no sul e leste do país, Borrell defendeu a necessidade de "fazer tudo para evitar que o sul do Líbano se torne uma nova Gaza", pedindo "um apelo unânime à suspensão das hostilidades".

"E está a tornar-se uma nova Gaza", advertiu, afirmando que este conflito "não pode ser separado do que está a acontecer" no enclave palestiniano, onde Israel e o movimento islamita Hamas se defrontam há quase um ano.

O chefe da diplomacia dos 27 do bloco europeu recusou "entrar no jogo de culpar mais um do que outro" e sustentou que "a escalada não vai resolver nada, porque a guerra não resolve nada".

Borrell lembrou ainda que a "famosa resolução 1701" - adotada pelo Conselho de Segurança em agosto de 2006 para resolver a guerra que decorria então entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah -- nunca foi implementada.

"Esta situação trágica está a afetar toda a gente, palestinianos, israelitas e agora libaneses", salientou, pedindo: "Por favor, tentemos apelar unanimemente à suspensão das hostilidades ao longo da Linha Azul [fronteira entre Líbano e Israel estabelecida pela ONU em 2000] e à aplicação desta famosa Resolução 1701".

Leia Também: UE critica ministro chinês por "apoio material e diplomático" à Rússia

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