Kamala Harris critica promessa de Trump de deportações em massa
A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, criticou quarta-feira a promessa do ex-presidente Donald Trump de deportar milhões de pessoas que estão ilegalmente no país, questionando se o magnata conta fazer isso com recurso a campos de detenção.
© Kevin Dietsch/Getty Images
Mundo EUA
Ao discursar na conferência anual do Instituto do Caucus Hispânico do Congresso, a candidata democrata à Casa Branca defendeu que os Estados Unidos podem encontrar um caminho para a cidadania para aqueles que desejam estar no país e, ao mesmo tempo, proteger a fronteira.
"Podemos fazer as duas coisas e devemos fazer as duas coisas", advogou Kamala Harris.
Trump, por sua vez, encontrava-se a caminho de Uniondale, em Long Island, no estado de Nova Iorque, enquanto ambos os candidatos fazem uma pausa na campanha por 'swing states', estado que provavelmente decidirão a eleição de 05 de novembro.
Kamala Harris relembrou as políticas de imigração do Governo de Donald Trump ao tentar obter apoio hispânico.
A vice-presidente advogou que enquanto os democratas lutam para levar a "nação adiante para um futuro mais brilhante, Donald Trump e os seus aliados extremistas continuarão a tentar" colocar o país para trás.
"Todos nos lembramos do que eles fizeram para separar famílias e agora eles prometeram realizar a maior deportação em massa na história americana", acrescentou.
"Imaginam como isso seria e o que seria? Como isso iria acontecer? Intervenção massiva? Campos de detenção massivos? Do que é que eles estão a falar?" questionou.
O ex-presidente prometeu realizar "a maior operação de deportação da história do país" se for eleito em novembro. Contudo, não ofereceu detalhes sobre como tal operação seria colocada em prática.
Trump, que tem usado a imigração como tema principal da sua campanha, tem vantagem sobre Harris nas sondagens de opinião sobre em quem os eleitores confiam para lidar melhor com essa questão.
Trump é esperado em Uniondale, uma área que pode ser essencial para os republicanos manterem o controlo da Câmara dos Representantes. O seu partido tenta proteger congressistas republicanos eleitos em distritos localizados em estados tipicamente democratas, como Nova Iorque e Califórnia.
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