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Ministro da Defesa israelita anuncia nova fase da guerra

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, anunciou hoje "uma nova fase" da guerra, adiantando que o foco de Israel está a deslocar-se para o norte do país, para onde estão a ser enviados "forças e recursos".

Ministro da Defesa israelita anuncia nova fase da guerra
Notícias ao Minuto

18:22 - 18/09/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Acredito que estamos no início de uma nova fase desta guerra e que precisamos de nos adaptar", disse Yoav Gallant ao pessoal da Força Aérea Israelita na Base Aérea de Ramat David (norte de Israel, a cerca de 40 quilómetros do Líbano), em declarações publicadas pelo seu gabinete e citadas pelo jornal Times of Israel.

 

"Vamos precisar de consistência ao longo do tempo, esta guerra requer grande coragem, determinação e perseverança", advertiu.

Gallant não fez qualquer referência às explosões de dispositivos eletrónicos no Líbano registadas desde terça-feira.

"O centro de gravidade está a deslocar-se para norte. Estamos a desviar forças, recursos e energia para o norte", afirmou o ministro.

Segundo o ministro israelita, os objetivos no norte são "claros e simples: fazer regressar os habitantes das cidades do norte às suas casas em segurança".

Hoje, a 98.ª Divisão das Forças de Defesa de Israel (FDI) foi enviada para o norte do país, depois de lutar durante meses na Faixa de Gaza.

Sobre a guerra no enclave palestiniano contra o movimento islamita Hamas, em curso desde 07 de outubro do ano passado, Gallant afirmou: "Não nos esquecemos dos reféns e não nos esquecemos das nossas tarefas no sul. Este é o nosso dever e estamos a cumpri-lo ao mesmo tempo".

Esta semana, Israel atualizou os objetivos oficiais da guerra, incluindo o regresso a casa dos cerca de 60 mil israelitas retirados no norte, junto à fronteira com o Líbano, devido ao fogo cruzado com o movimento xiita Hezbollah.

"Israel continuará a tomar medidas práticas ativas para atingir este objetivo", anunciou na terça-feira o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, num comunicado.

Hoje, o chefe do Estado-Maior General aprovou "planos ofensivos e defensivos para a zona norte", durante uma avaliação da situação no Comando do Norte com membros do Fórum do Estado-Maior, anunciaram as FDI.

"Estamos muito determinados a criar as condições de segurança que permitam o regresso dos residentes às suas casas, às comunidades, com um elevado nível de segurança, e estamos dispostos a fazer tudo o que for necessário para que isso aconteça", declarou o tenente-general Herzi Halevi.

O exército israelita, garantiu, "dispõe ainda de muitas capacidade que ainda não ativou".

"Parece-me que o grau de preparação é bom e que estamos a preparar estes planos para o futuro. A regra é que sempre que trabalhamos numa determinada fase, as duas fases seguintes já estão prontas para avançar", comentou, deixando um aviso: "Em cada fase, o preço para o Hezbollah tem de ser elevado".

Por outro lado, a ofensiva em Gaza ainda não terminou, salientou.

"Ao longo da guerra, durante quase um ano, temos lutado em Gaza com dois objetivos principais, para além de outros - desmantelar o Hamas e fazer regressar os reféns. Conseguimos muito, e ainda temos de avançar mais", disse.

Estas declarações das autoridades israelitas surgem após as explosões coordenadas de aparelhos de comunicação ('pagers' e 'walkie-talkies') no Líbano, na terça-feira e hoje, que estavam na posse de presumíveis membros do movimento xiita pró-iraniano Hezbollah.

Pelo menos 12 pessoas morreram, incluindo duas crianças, e cerca de 2.800 ficaram feridas nas explosões de terça-feira, enquanto hoje foram registados nove mortos e 300 feridos.

Tanto o Governo libanês como o Hezbollah denunciaram o incidente como sendo da autoria de Israel e prometeram uma resposta. Telavive apenas comentou que acompanha a situação no país vizinho.

Outros países e organizações aliadas do Líbano e do Hezbollah - como o Irão, os Huthis do Iémen e as milícias palestinianas -- fizeram acusações semelhantes.

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, opõem-se a uma escalada ou ofensiva militar contra o Líbano, algo que o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, descreveu na segunda-feira como a "única solução possível".

[Notícia atualizada às 18h49]

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