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Terrorismo, estrangeiros detidos e mais tensão: Que se passa, Venezuela?

A tensão está a crescer de Caracas para o mundo - nomeadamente para os Estados Unidos e para a União Europeia. Enquanto a oposição 'foge' para Espanha, há detidos espanhóis em território venezuelano. O país deteve mais quatro pessoas: um checo e quatro norte-americanos.

Terrorismo, estrangeiros detidos e mais tensão: Que se passa, Venezuela?
Notícias ao Minuto

18:15 - 15/09/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Venezuela

Depois da conturbada ida às urnas na Venezuela, no final de julho, das críticas de países que não reconheceram os resultados eleitorais que deram a reeleição a Nicolás Maduro, das manifestações com milhares nas ruas... os problemas em Caracas não param de 'nascer' - e florescer além-fronteiras.

 

Uma semana depois de o candidato presidencial da oposição, Edmundo González Urrutia, se ter exilado em Espanha, para "continuar a luta a partir de fora", e com menor risco dada a reeleição de Maduro, há espanhóis que ficam na Venezuela - detidos.

O caso foi anunciado este fim de semana, com o governo venezuelano a fazer acusações graves não só a estes dois cidadãos espanhóis, como também a outros quatro cidadãos - três norte-americanos e um checo.

Caracas detém norte-americano e 2 espanhóis por tentarem

Caracas detém norte-americano e 2 espanhóis por tentarem "desestabilizar"

As autoridades venezuelanas detiveram um norte-americano e dois espanhóis acusados de estarem ligados a uma alegada conspiração para "desestabilizar" o país, anunciou hoje o Governo, dando conta da apreensão de cerca de 400 espingardas provenientes dos Estados Unidos.

Lusa | 21:16 - 14/09/2024

Segundo o que o ministro do Interior, Diosdado Cabello, explicou no sábado, os cidadãos espanhóis em questão estariam a tirar fotografias de instalações num aeroporto e estariam também interessados em saber como poderiam obter explosivos. De acordo com o responsável pela pasta, tratam-se de José María Basoa e Andrés Martínez Adasme.

As autoridades venezuelanas anunciaram também a apreensão de cerca de 400 espingardas provenientes dos EUA.

Cabello associou o alegado plano aos serviços secretos espanhóis e norte-americanos, bem como à líder da oposição Maria Corina Machado.

Espanha nega que detidos na Venezuela pertençam a serviços secretos

Espanha nega que detidos na Venezuela pertençam a serviços secretos

Madrid negou hoje que os dois espanhóis detidos na Venezuela pertençam ao Centro Nacional de Inteligência (CNI), como afirmou o ministro do Interior do país quando anunciou a sua detenção por alegadamente estarem a preparar atos "terroristas".

Lusa | 21:53 - 14/09/2024

"Contactaram mercenários franceses, contactaram mercenários da Europa de Leste e estão a levar a cabo uma operação para tentar atacar o nosso país", referiu o governante, falando de um alegado plano para "gerar violência e desestabilizar" o país.

Segundo Cabello, um dos norte-americanos detidos é um fuzileiro, e Washington já disse que as acusações de que a CIA poderia estar envolvida nessa situação, onde poderia estar planeado assassínio de Maduro, são "categoricamente falsas".

Washington já confirmou a detenção do militar, assim como que terá informações "ainda não confirmadas" sobre os outros dois detidos.

Venezuela. EUA rejeitam acusações de

Venezuela. EUA rejeitam acusações de "conspiração" para derrubar Maduro

As autoridades venezuelanas detiveram três norte-americanos, dois espanhóis e um checo, acusados de estarem ligados a uma alegada conspiração "para desestabilizar" o país, anunciou Caracas.

Lusa | 06:08 - 15/09/2024

Já a União Europeia, pela voz de Josep Borrell, reagiu este domingo à questão, dizendo que a Venezuela "não era uma democracia", nem antes nem depois destas últimas eleições. E falou também do opositor exilado da fuga de González Urrutia, que está em Espanha, onde pediu asilo político, as "mil limitações" a que estão sujeitos os partidos políticos e os "sete milhões de venezuelanos que fugiram do país". "Como se chama a isto tudo? Bem, naturalmente, é um regime ditatorial, autoritário", concluiu.

"Não nos enganemos. Venezuela convocou eleições, mas não era democracia"

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, qualificou hoje o regime venezuelano de Nicolás Maduro de ditatorial, aludindo às detenções arbitrárias e à fuga do líder da oposição, Edmundo González Urrutia.

Lusa | 16:12 - 15/09/2024

Recorde-se que o Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro vencedor das eleições, com 52% dos votos. No entanto, a oposição afirma que Gonzalez Urrutia obteve mais de 60% dos votos, com base nos relatórios fornecidos pelos seus escrutinadores.

Os Estados Unidos reconheceram Gonzalez Urrutia como presidente e anunciaram na quinta-feira sanções contra 16 pessoas próximas de Maduro por "obstrução às eleições presidenciais".

Caracas rejeitou imediatamente estas medidas, com o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, a garantir, na sexta-feira, que as forças armadas "não eram corruptíveis" e não seriam intimidadas pelos EUA.

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