Petroleiro atingido pelos hutis em agosto começou a ser rebocado
O ministério grego da Defesa informou hoje que começou a rebocar o petroleiro atacado em agosto pelos rebeldes iemenitas hutis, e abandonado ao largo da costa do Iémen com mais de um milhão de barris de petróleo bruto.
© Mohammed Hamoud/Anadolu via Getty Images
Mundo Hutis
Em caso de rutura ou de explosão, o Sounion, de pavilhão grego, poderia provocar uma catástrofe ambiental no Mar Vermelho, segundo os especialistas.
"O rebocador Aigaion Pelagos começou a rebocar gradualmente o petroleiro para norte, escoltado por navios militares", disse uma fonte não identificada do ministério grego da Defesa, em declarações à AFP, acrescentando que os radares dos navios foram desativados por razões de segurança.
A missão naval da União Europeia no Mar Vermelho, Aspides, lançada para proteger a navegação mercante dos ataques dos houthi, disse anteriormente que "a operação de salvamento do MV Sounion é essencial para evitar um desastre ambiental".
O Sounion, que transporta 150.000 toneladas de crude, incendiou-se e perdeu a sua força motriz depois de ter sido atacado em 21 de agosto. Os seus 25 tripulantes foram retirados do navio no dia seguinte por uma fragata francesa da missão Aspides destacada na zona.
Alguns dias mais tarde, os rebeldes afirmaram ter detonado cargas no convés do navio, provocando novos incêndios.
Os hutis, que controlam uma grande parte do Iémen, incluindo a capital, Saná, atacam desde novembro navios que acreditam estar ligados a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido, alegando que estão a agir em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza, no contexto da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Os rebeldes huthis do Iémen fazem parte do chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão que também integra, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e o libanês Hezbollah.
Estes ataques, que obrigaram as grandes companhias de navegação a desviar a sua rota e evitar esta importante via marítima comercial, levaram os Estados Unidos a criar uma coligação marítima internacional e a atacar alvos rebeldes no Iémen, por vezes com a ajuda do Reino Unido.
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