Zelensky vai encontrar-se com Biden para apresentar "plano para a vitória"
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que irá encontrar-se com o homólogo norte-americano, Joe Biden, ainda este mês, para lhe apresentar "um plano de vitória" da Ucrânia contra a Rússia.
© Reuters
Mundo Ucrânia
"O nosso encontro com o Presidente Biden está agendado para este mês. Vou apresentar-lhe um plano para a vitória. Um conjunto de soluções interligadas que darão à Ucrânia poder suficiente, coisas suficientes, para colocar esta guerra no caminho da paz", disse numa conferência em Kiev.
Em dificuldades no terreno, confrontada com uma vasta ofensiva no leste, a Ucrânia pede ao Ocidente que a autorize a atacar alvos militares em solo russo e que a ajude a abater mísseis apontados ao seu território.
Mas os norte-americanos e os europeus temem que isso possa levar Moscovo a uma escalada e a um confronto direto.
Zelensky marcou para Kiev a apresentação do seu plano para acabar com a guerra numa cimeira de paz em novembro, para a qual a Rússia deverá ser convidada.
Biden e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deverão manter hoje conversações sobre o assunto.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
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