UE diz que mísseis balísticos do Irão na Rússia são "escalada" de tensões
A União Europeia (UE) condenou hoje a transferência de mísseis balísticos iranianos para o território da Rússia e advertiu que a decisão de Teerão e Moscovo é "uma ameaça" à segurança do bloco comunitário, representando uma "escalada materializada".
© Simon Wohlfahrt/Bloomberg via Getty Images
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"A UE condena veementemente a recente transferência de mísseis balísticos iranianos para a Rússia. Esta transferência é uma ameaça direta à segurança europeia e representa uma escalada materializada substantiva, desde o fornecimento de 'drones' [aeronaves sem tripulação] iranianos e munições", disse, em comunicado, o alto representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell.
A União Europeia acrescentou que esta decisão surgiu na sequência "dos últimos ataques russos contra a Ucrânia, incluindo com mísseis balísticos e 'drones'", considerando que é mais uma "clara evidência" de que Moscovo quer continuar a "sua guerra de agressão brutal" no território ucraniano.
Josep Borrell deixou um aviso: "A UE vai responder rapidamente e em coordenação com os seus parceiros internacionais".
A resposta do bloco comunitário, sustentou o chefe da diplomacia europeia, vai passar por mais sanções contra o Irão e também por quaisquer parceiros que estejam envolvidos com Teerão na construção de armamento, incluindo o setor da aviação iraniano, que poderia prejudicar os voos comerciais para o país e, em última instância, provocar disrupções na economia do país.
Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido anunciaram na terça-feira novas sanções contra o Irão, em represália pelo alegado fornecimento de mísseis à Rússia.
A companhia aérea iraniana Iran Air, acusada de ter efetuado tais entregas, deixará de poder operar nos territórios destes países.
O Irão, que tem repetidamente negado qualquer transferência de armamento para a Rússia, nomeadamente os mísseis balísticos, convocou as missões diplomáticas destes países para contestar as sanções, depois de acusar os EUA de praticarem "terrorismo económico".
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