Reino Unido rejeita acusações de Moscovo sobre diplomatas britânicos
O Governo britânico classificou hoje como "completamente infundadas" as acusações feitas pela Rússia contra seis diplomatas britânicos em Moscovo, cujas credenciais foram canceladas por Moscovo.
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Mundo Rússia
Numa breve declaração, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico reagiu à decisão do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo de suspender as credenciais na sequência de "indícios de espionagem e sabotagem".
"As acusações feitas hoje pelo FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia) contra os nossos funcionários são completamente infundadas", afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que revelou que a revogação tinha sido feita em agosto.
A Rússia anunciou hoje que cancelou as acreditações a seis diplomatas da Embaixada do Reino Unido em Moscovo por suspeita de espionagem e "ameaças à segurança russa".
"Como represália aos numerosos atos hostis de Londres, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo (...) retirou a acreditação a seis funcionários do departamento político da embaixada britânica em Moscovo", declararam os serviços de segurança russos (FSB).
O FBS acusou os seis diplomatas britânicos de exercerem "atividades subversivas e de espionagem", de acordo com a mesma nota.
O anúncio de Moscovo coincide com o encontro, hoje, do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington para discutir o pedido da Ucrânia para poder usar armamento fornecido pelos aliados ocidentais em ataques de longo alcance dentro da Rússia.
Biden autorizou a Ucrânia a disparar mísseis fornecidos pelos EUA para além da fronteira com a Rússia em auto-defesa, mas limitou largamente a distância a que podem ser disparados porque a extensão do limite poderia levar a uma retaliação russa.
O Presidente russo, Vladimir Putin, avisou na quinta-feira que permitir ataques de longo alcance "significaria que os países da NATO, os Estados Unidos e os países europeus estão em guerra com a Rússia".
"Se assim for, então, tendo em conta a mudança na própria essência deste conflito, tomaremos as decisões adequadas com base nas ameaças que nos serão criadas", acrescentou.
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