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Orbán ironiza sobre sobre controlos de fronteira na Alemanha: "Bem-vindo"

O primeiro-ministro da Hungria, o ultranacionalista Viktor Orbán, ironizou hoje a decisão do Governo alemão de impor controlos nas fronteiras terrestres para travar a imigração ilegal e reforçar a segurança do país.

Orbán ironiza sobre sobre controlos de fronteira na Alemanha: "Bem-vindo"
Notícias ao Minuto

12:45 - 11/09/24 por Lusa

Mundo Migrações

"Chanceler (Olaf) Scholz, bem-vindo ao clube", disse Orbán na rede social X, na noite de terça-feira, em referência às medidas restritivas que a Hungria e outros países europeus, como a Itália, têm defendido nos últimos anos.

 

"A Alemanha decidiu impor controlos de fronteira severos para impedir a imigração ilegal", referiu ainda Orbán no X.

Orbán exige mais medidas ao nível da União Europeia (UE) para conter o fluxo migratório.

O Governo alemão anunciou na segunda-feira a introdução temporária de controlos em todas as fronteiras terrestres do país a partir de 16 de setembro, a fim de reduzir a migração irregular e reforçar a segurança regional.

As fronteiras afetadas serão as de França, do Luxemburgo, dos Países Baixos, da Bélgica e da Dinamarca, que se somarão aos controlos existentes com a Suíça, a Áustria, a República Checa e a Polónia.

Na sequência do anúncio de Berlim, a Comissão Europeia recordou que a reintrodução dos controlos de fronteira entre os Estados-membros da União Europeia deve ser uma medida "necessária" e "proporcional", em linha com a legislação comunitária.

O Governo Orbán ameaçou recentemente enviar requerentes de asilo para Bruxelas, em resposta à sanção de 200 milhões de euros que o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) lhe impôs em junho passado por não ter cumprido uma decisão anterior sobre a proteção dos imigrantes.

A decisão não obrigou a Hungria a permitir a entrada de imigrantes no seu território ou a abandonar as suas políticas de defesa das fronteiras.

No entanto, segundo o Executivo húngaro, Bruxelas quer forçar o país a permitir a entrada de "imigrantes ilegais" e a abandonar as suas políticas restritivas de imigração.

"Se Bruxelas quer imigrantes, vai recebê-los", sublinhou o secretário de Estado do Interior húngaro, Bence Rétvári, sobre a ação.

O Governo belga alertou que tal medida prejudicaria a "solidariedade e cooperação" na União Europeia, enquanto a Comissão Europeia ameaçou usar todos os seus "poderes" contra a Hungria se esta finalmente enviar migrantes irregulares para Bruxelas.

A gestão da migração é uma das principais prioridades da atual presidência rotativa da Hungria no Conselho da União Europeia.

Leia Também: Orbán discursa no Parlamento Europeu após polémica presidência da UE

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