Jovens timorenses dizem que mensagem de Francisco foi clara
A mensagem que o Papa deixou aos jovens timorenses ficou clara entre a juventude que permanecia hoje no Centro de Convenções de Díli, onde decorreu o último ponto do programa da visita de Francisco a Timor-Leste.
© Getty Images/YASUYOSHI CHIBA/AFP
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"Para fazermos barulho e cuidarmos dos mais velhos", disse à Lusa Letícia Amaral.
Questionado pela Lusa sobre o que significava o "barulho" pedido pelo Papa Francisco, Letícia Amaral explicou que entendeu a mensagem no sentido de os jovens fazerem ouvir os "seus valores, tomarem decisões e agir sempre segundo os valores católicos".
A jovem afirmou também que o Papa falou para serem respeitadas as diferenças entre as pessoas.
"As diferenças devem ser respeitadas porque não nos separam, mas mostram a nossa diversidade. Como um arco-íris, que é muito bonito", disse.
"Hoje estou muito orgulhosa por ser católica, timorense e jovem", afirmou Letícia Amaral, considerando a viagem do Papa Francisco como uma "motivação e uma inspiração para todos os timorenses".
A jovem, que fez parte da comissão organizadora do encontro com o Papa, acreditou que "Jesus pediu a Francisco para visitar Timor-Leste".
"Ele [o Papa] é o nosso Jesus Cristo", salientou Letícia Amaral.
Mais envergonhado, Félix Pinto disse que a mensagem do Papa Francisco foi para os jovens "espalharem amor", fazerem a "reconciliação" e cuidar das pessoas mais velhas e das crianças.
"A mensagem foi importante para encaminhar os jovens", afirmou Félix Pinto, lamentando que alguns se estejam a "afastar" dos valores morais.
À afirmação de Félix Pinto, Rio Carvalho acrescentou que a sociedade timorense não se está a "preocupar com a relação com Deus".
Fannya Colo considerou que Francisco deu a bênção a Timor-Leste para "acreditar" na sua cultura e na sua identidade e respeitar os mais velhos e as crianças.
O Papa pediu hoje aos jovens timorenses para "fazerem barulho", respeitarem os mais velhos e para não perderem a esperança e o "entusiasmo da fé", num encontro em que abordou também a liberdade, fraternidade e reconciliação.
A visita de Francisco teve início na segunda-feira com uma cerimónia de boas-vindas na Presidência timorense e um encontro com as autoridades, sociedade civil e corpo diplomático timorense.
No segundo dia, o ponto alto foi a missa realizada em Tasi Tolu, a cerca de 10 quilómetros a oeste de Díli, para perto de 600 mil pessoas, segundo o Vaticano.
Milhares de timorenses voltaram hoje a sair à rua para um último adeus a Francisco antes de partir para Singapura, onde termina na sexta-feira a 45.ª viagem apostólica internacional e a mais longa, que teve início na Indonésia e incluiu também a Papua Nova Guiné.
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