Sanções ocidentais ao Irão incluem empresas de 'drones' e mísseis
As novas sanções ao Irão anunciadas hoje pelos Estados Unidos e vários aliados europeus incluem medidas contra seis empresas iranianas de 'drones' e mísseis balísticos, que são fornecedoras da Rússia, bem como dez dos seus gestores e funcionários.
© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Segundo um comunicado do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, a companhia aérea iraniana Iran Air está igualmente entre os alvos das sanções a Teerão, que resultaram da revelação do fornecimento de mísseis a Moscovo para a sua campanha militar na Ucrânia.
"Os parceiros internacionais estão a anunciar medidas que não permitirão que a Iran Air opere no seu território no futuro", indica o comunicado.
Os Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido condenaram hoje o fornecimento de mísseis balísticos iranianos à Rússia e anunciaram novas medidas contra Teerão.
"Esta é uma nova escalada no apoio do Irão à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, através da qual os mísseis iranianos atingirão o território europeu e aumentarão ainda mais a dor dos ucranianos", declararam os ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Reino Unido e França num comunicado conjunto, após Washington ter também anunciado medidas contra Teerão.
O Departamento do Tesouro identificou ainda quatro navios que permitem ao Irão entregar componentes e sistemas de armas à Rússia.
"No final de 2023, o Irão e a Rússia assinaram um contrato para o fornecimento de centenas de mísseis. Durante o verão de 2024, os soldados russos foram treinados (...) por pessoal iraniano, e, no início de setembro de 2024, a Rússia recebeu a primeira entrega destes [mísseis balísticos] do Irão", detalhou.
O Departamento de Estado norte-americano, por seu lado, "designa simultaneamente três entidades, incluindo a Iran Air, e identifica cinco navios como (...) envolvidos no transporte de armas iranianas para a Rússia", foi ainda indicado.
"Hoje, os Estados Unidos e os nossos aliados estão a tomar medidas concertadas em resposta à abordagem irresponsável do Irão de enviar mísseis balísticos para a Rússia para serem utilizados na sua guerra contra a Ucrânia", afirmou o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo.
"O Irão optou por intensificar o seu envolvimento na guerra liderada pela Rússia e os Estados Unidos, com os nossos parceiros, vão manter-se ao lado da Ucrânia", acrescentou.
Em comunicado conjunto, os chefes de diplomacia da Alemanha, Annalena Baerbock, Reino Unido, David Lamy, e da França, Stéphane Séjourné, afirmaram que "esta é uma escalada tanto do lado iraniano como do lado russo e constitui uma ameaça direta contra a segurança europeia".
"Pedimos ao Irão que cesse imediatamente o seu apoio à Rússia na sua guerra de agressão contra a Ucrânia e que pare o desenvolvimento e a transferência de mísseis balísticos", disseram ainda os três ministros dos Negócios Estrangeiros.
O sistema de mísseis balísticos iraniano, que tem um alcance máximo de 120 quilómetros, permitirá à Rússia aumentar o seu raio de ação nos combates contra as forças ucranianas.
Lamy, que hoje se avistou em Londres com o homólogo norte-americano, Antony Blinken, anunciou uma visita dos dois governantes a Kiev, com o objetivo de manifestarem apoio à Ucrânia.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, tem por seu lado um encontro agendado para sexta-feira com o Presidente norte-americano, Joe Biden, em Washington.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
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