Ministro israelita diz que Hamas "como formação militar" já não existe
O ministro da Defesa israelita defendeu hoje que o movimento islamita palestiniano Hamas, "como formação militar, já não existe" e está reduzido a uma guerrilha na Faixa de Gaza, após mais de 11 meses de guerra.
© DREW ANGERER/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
"O Hamas está agora a travar uma guerra de guerrilha e nós continuamos a combater os terroristas do Hamas e a perseguir os líderes do movimento", sustentou Yoav Gallant, numa entrevista realizada na segunda-feira com imprensa estrangeira e parte da qual foi autorizada para publicação hoje.
Na mesma entrevista, o ministro reiterou que um acordo de tréguas entre Israel e o Hamas, que permita a libertação dos reféns detidos em Gaza, seria uma "oportunidade estratégica" para Israel.
Trazer os reféns de volta "é a coisa certa a fazer, não é apenas um dos objetivos da guerra, mas também reflete os valores" israelitas, disse Gallant.
"Chegar a [tal] acordo é também uma oportunidade estratégica que nos oferece uma alta probabilidade de mudar a situação de segurança em todas as frentes", considerou.
Gallant tem insistido na necessidade de um acordo que permita um cessar-fogo no enclave palestiniano, ao contrário do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e os ministros de extrema-direita que integram a coligação governamental.
Estas declarações surgem no momento em que os Estados Unidos aumentam as pressões sobre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas para que cheguem a acordo sobre os termos de uma trégua que traga alívio aos palestinianos da Faixa de Gaza, devastada pela campanha militar lançada por Israel em represália do sangrento ataque dos comandos do Hamas, a 07 de outubro, em que 251 pessoas foram feitas reféns.
Há meses que os Estados Unidos trabalham com o Qatar e o Egito para mediar um cessar-fogo em Gaza, acompanhado da libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
Desde o final de agosto, a perspetiva de um acordo baseado no plano de três fases proposto no final de maio pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, e apoiado em junho por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, diminuiu, uma vez que o Hamas e Benjamin Netanyahu se acusaram mutuamente de obstruir estas negociações indiretas.
Para Gallant, "Israel deveria concluir um acordo que permitisse uma pausa de seis semanas [nos combates] e o regresso dos reféns", numa alusão à primeira fase do plano de cessar-fogo permanente proposto por Biden.
Na sua opinião, as operações militares israelitas na Faixa de Gaza criaram as "condições necessárias" no terreno para um acordo de cessar-fogo.
Dos reféns feitos há quase um ano, perto de cem foram libertados no final de novembro, durante uma trégua, em troca de prisioneiros palestinianos. Cerca de 130 continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.
[Notícia atualizada às 11h48]
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