China participa pela primeira vez num dos maiores exercícios militares do Brasil
As Forças Armadas da China vão participar esta semana pela primeira vez num dos principais exercícios militares do Brasil, designado Operação Formosa, que está a decorrer no Estado de Goiás, anunciou hoje o ministério da Defesa brasileiro.
© Costfoto/NurPhoto via Getty Images
Mundo China
A operação, coordenada pela Marinha brasileira desde 1988, é considerada o maior exercício militar do Planalto Central do Brasil e envolve mais de 3.000 participantes, incluindo militares dos Estados Unidos.
Os exercícios, que incluem o uso de fogo real, arrancaram na quarta-feira passada e decorrem até 17 de setembro. O nome da operação advém de esta se realizar na cidade Formosa, em Goiás.
No ano passado, a China participou apenas como observadora. Segundo o ministério da Defesa brasileiro, citado pela imprensa do país latino-americano, esta é a primeira vez que há participação de "parcelas de tropa constituída de ambas as nações amigas".
Segundo a mesma fonte, a ideia é promover "uma maior integração" com as forças de países "amigáveis" e a "troca de experiências".
Além da China e EUA, também África do Sul, Argentina, França, Itália, México, Nigéria, Paquistão e República do Congo participam nos exercícios.
As simulações incluem o uso de veículos blindados, artilharia, aeronaves, lançadores de mísseis e foguetes. Os militares executam ainda manobras de controlo do espaço aéreo, reconhecimento de agentes nucleares, químicos e biológicos, e atendimento pré-hospitalar tático.
O envolvimento da China na Operação Formosa marca mais um passo na expansão da cooperação militar entre Pequim e Brasília.
Em 2015, tropas chinesas participaram de programas de treino no Centro de Treinamento de Guerra na Selva do Brasil, em Manaus, no Estado do Amazonas.
No ano passado, oficiais da Marinha do Exército de Libertação Popular visitaram o Rio de Janeiro e Brasília para conversar com seus homólogos brasileiros.
Em julho passado, o General Tomas Miguel Ribeiro Paiva, comandante do exército brasileiro, visitou Pequim para "reforçar a cooperação em assuntos académicos" e explorar "colaborações nos campos da ciência, tecnologia e indústria da Defesa", de acordo com a imprensa brasileira.
Leia Também: Ações da firma de banqueiro chinês desaparecido caem 72% após suspensão
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com