Lavrov abordou situação internacional e regional com países do Golfo
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, encontrou-se hoje em Riade com vários homólogos de países do Golfo e o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, para discutir "desenvolvimentos recentes a nível internacional e na região".
© Reuters
Mundo Rússia
As discussões entre o chefe da diplomacia russa e o príncipe herdeiro da monarquia do Golfo centraram-se "nos desenvolvimentos recentes a nível internacional e na região", de acordo com a agência oficial saudita SPA.
Lavrov, cujo país trava uma guerra contra a Ucrânia desde fevereiro de 2022, reuniu-se hoje de manhã com os ministros dos Negócios Estrangeiros do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC).
A organização, com sede em Riade, reúne a Arábia Saudita, o Bahrein, os Emirados Árabes Unidos, o Qatar, o Kuwait e o Omã, todos parceiros tradicionais dos Estados Unidos na região.
A Arábia Saudita, peso pesado do Médio Oriente, procura manter-se neutra na guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
O reino, o maior exportador mundial de petróleo bruto, trabalha em estreita colaboração com Moscovo na política petrolífera e elogia os seus laços com ambos os países, posicionando-se como um possível mediador.
A monarquia do Golfo recebeu o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em diversas ocasiões, nomeadamente durante a sua participação numa cimeira da Liga Árabe em maio de 2023 em Jidá.
O reino prometeu centenas de milhões de dólares em ajuda humanitária à Ucrânia, incluindo subsídios para refugiados ucranianos que fugiram para países vizinhos.
As outras monarquias do Golfo também tentaram não escolher um lado desde a invasão russa.
O secretário-geral do GCC, Jasem Mohamed Albudaiwi, sublinhou a neutralidade do conselho, em conferência de imprensa.
Albudaiwi sublinhou aos jornalistas que os países do GCC "continuam equidistantes" entre russos e ucranianos.
Os Emirados Árabes Unidos anunciaram no final de agosto que atuaram como mediadores numa troca de prisioneiros entre a Ucrânia e a Rússia, que resultou na libertação de 230 cativos.
Em junho, a mediação dos Emirados resultou numa troca de prisioneiros de guerra, incluindo 180 prisioneiros de ambos os lados.
Em setembro de 2022, Riade contribuiu para a libertação de combatentes estrangeiros detidos na Ucrânia, incluindo dois americanos e cinco britânicos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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