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Guaidó satisfeito por "presidente eleito" estar seguro em Espanha

O opositor venezuelano Juan Guaidó, exilado nos Estados Unidos, congratulou-se hoje por o "presidente eleito pelos venezuelanos estar seguro", depois de Edmundo González Urrutia ter aterrado esta tarde em Madrid para pedir asilo político.

Guaidó satisfeito por "presidente eleito" estar seguro em Espanha
Notícias ao Minuto

17:47 - 08/09/24 por Lusa

Mundo Venezuela

"Edmundo está seguro e a líder eleita nas primárias venezuelanas, María Corina Machado, está a liderar e vamos apoiá-los", escreveu Guaidó na sua conta da rede X, antiga Twitter, na qual recordou que "cabe-nos a todos defender o nosso triunfo de 28J [data das presidenciais, 28 de julho] e a democracia".

 

As declarações de Guaidó surgem poucas horas depois de Urrutia ter aterrado em Madrid, proveniente da Venezuela, trazido por um avião das Forças Armadas espanholas.

O antigo autarca de Caracas Antonio Ledezma, também exilado em Espanha, reagiu hoje dizendo que "esteja onde estiver, [Urrutia] é o presidente eleito da Venezuela, já que os votos "verificados" da votação o confirmam, e a validade dos resultados não muda consoante a residência do vencedor.

O avião da Força Aérea Espanhola que transportou o candidato da oposição às eleições presidenciais da Venezuela Edmundo González Urrutia aterrou na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, em Madrid, por volta das 16:00 (hora local).

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, González Urrutia, que viaja acompanhado da mulher e do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Globais, Diego Martínez Belío, foi recebido pela secretária de Estado para a América Latina e Espanhol no Mundo, Susana Sumelzo.

"A partir de agora terão início os procedimentos para o pedido de asilo, cuja resolução será favorável no interesse do compromisso de Espanha com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos, especialmente dos líderes políticos", refere a nota do Ministério.

O Alto Representante da União Europeia para os Assuntos Externos, Josep Borrell, disse que o líder da PUD "teve que pedir asilo político" face à "repressão, perseguição política e ameaças diretas contra a sua segurança e liberdade", depois de "ter estado na residência dos Países Baixos em Caracas desde 05 de setembro".

Antigo embaixador da Venezuela na Argentina e na Argélia, Edmundo González Urrutia, 75 anos, aceitou ser candidato nas presidenciais de 28 de julho de 2024, em substituição da líder opositora María Corina Machado, desqualificada pelas autoridades e impossibilitada de exercer cargos públicos durante 15 anos.

A vitória do atual Presidente foi questionada por vários países, alguns dos quais apoiam a afirmação de que González Urrutia ganhou a liderança do país.

Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

O regime de Caracas diz estar em curso um golpe de Estado, mantendo polícias e militares nas ruas, para controlar os manifestantes, e pediu à população que, de maneira anónima e através da aplicação VenAPP, denuncie quem promove os protestos.

Leia Também: Lula é "chave" tanto para transição como para ajudar Maduro, diz Guaidó

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