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Ameaça nuclear? "Não podemos dar-nos ao luxo de ser intimidados", diz CIA

O líder da CIA afirmou, contudo, que "houve um momento, no outono de 2022", meses após o início da invasão russa da Ucrânia, "que existiu um risco genuíno de utilização potencial de armas nucleares táticas".

Ameaça nuclear? "Não podemos dar-nos ao luxo de ser intimidados", diz CIA
Notícias ao Minuto

17:23 - 07/09/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

O diretor da CIA, Bill Burns, defendeu, este sábado, que os líderes ocidentais não se podem "dar ao luxo" de se deixar intimidar pelas ameaças de escalada nuclear do Kremlin e descreveu o presidente russo, Vladimir Putin, como um "rufia".

 

"Putin é um rufia. Ele vai continuar a ameaçar de vez em quando", disse Burns, durante uma palestra FT Weekend Festival, em Londres, ao lado do diretor do MI6, Richard Moore. 

"Não podemos dar-nos ao luxo de ser intimidados. Temos de estar atentos a isso. Os EUA têm dado um enorme apoio à Ucrânia e estou certo de que o presidente [Joe Biden] irá considerar outras formas de os apoiar", acrescentou, citado pelo The Guardian.

O responsável afirmou, contudo, que "houve um momento, no outono de 2022", meses após o início da invasão russa da Ucrânia, "que existiu um risco genuíno de utilização potencial de armas nucleares táticas".

"No entanto, nunca pensei, e esta é a opinião da minha agência, que devêssemos sentir-nos desnecessariamente intimidados por isso" considerou.

Na altura, o presidente norte-americano, Joe Biden, enviou o líder dos serviços secretos para falar "com um dos homólogos russos, Sergei Naryshkin, no final de 2022, para deixar bem claro quais seriam as consequências desse tipo de escalada".

Recorde-se, que, em fevereiro de 2023, a Rússia congelou o cumprimento do último tratado de desarmamento nuclear com os Estados Unidos, o Novo START ou START III, que expira em 2026, e ameaçou retomar os testes nucleares se Washington o fizer também.

Moscovo proibiu anteriormente as inspeções norte-americanas ao seu arsenal nuclear, apontando dificuldades em fazer o mesmo nos Estados Unidos devido às sanções ocidentais.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Sanções a Moscovo vão existir até "colapso dos EUA durante guerra civil"

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