De acordo com a agência noticiosa estatal do Burkina Faso, AIB, um total de 317 pessoas marginalizadas foram "retiradas das ruas" em sete regiões, na sequência da ordem dada pelo ministro da Segurança, Mahamadou Sana.
Sana declarou na quarta-feira que "indivíduos mal-intencionados efetuam uma vigilância hostil de certos locais sensíveis sob diversas coberturas, incluindo a mendicidade e a venda ambulante de diversos artigos", apelando à população para que denuncie qualquer comportamento suspeito às autoridades.
A este respeito, "convidava" a população a "abandonar tais comportamentos e atividades, em especial nas imediações das grandes artérias e cruzamentos, das administrações públicas, dos quartéis das Forças de Defesa e Segurança, dos hospitais e de outros locais sensíveis".
A junta militar já tinha exortado a população, em agosto, a denunciar "indivíduos, movimentos ou objetos suspeitos" de estarem ligados a ameaças à segurança do país, assolado por grupos terroristas ligados à Al-Qaida ou ao Estado Islâmico e que enfrentou recentemente uma tentativa de "desestabilização" por parte de países estrangeiros, segundo o Presidente de transição, Ibrahim Traoré.
O Burkina Faso, liderado desde 2022 por uma junta militar chefiada por Traoré, registou um aumento significativo da insegurança desde 2015, devido à presença do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, ramo da Al-Qaida no Sahel, e do ramo do Estado Islâmico nesta região do continente africano, o que provocou uma vaga de deslocados internos e de refugiados para outros países.
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