ONU pede investigação independente a alegadas execuções de reféns

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pediu hoje uma investigação "independente, imparcial e transparente" sobre a alegada execução sumária de seis reféns israelitas em posse do grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Pictures of Israeli hostages held by Hamas in Gaza on display in Jerusalem

© Lusa

Lusa
03/09/2024 18:39 ‧ 03/09/2024 por Lusa

Mundo

Faixa de Gaza

"Gaza: Estamos horrorizados com os relatos de que grupos armados palestinianos executaram sumariamente seis reféns israelitas, o que constituiria um crime de guerra", declarou na rede X o gabinete do comissário, Volker Turk, que apela também para a responsabilização dos autores.

 

O Exército israelita anunciou no domingo a descoberta, num túnel na Faixa de Gaza, dos corpos de seis reféns, que, segundo os militares, foram mortos "à queima-roupa" pelo Hamas.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acrescentou na segunda-feira que os reféns foram abatidos com um tiro na nuca.

O Hamas rebateu a acusação, de acordo com um dirigente do grupo palestiniano citado sob anonimato pela agência France Presse (AFP), alegando que os reféns foram mortos "por tiros e bombardeamentos do ocupante", ou seja, de Israel.

Durante o ataque sem precedentes do Hamas a Israel que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro, 251 pessoas foram raptadas, 97 continuam detidas na Faixa de Gaza, incluindo 33 consideradas mortas pelo Exército.

O ataque provocou também a morte de cerca de 1.200 pessoas, sobretudo civis.

Em resposta, Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre na Faixa de Gaza, que fez pelo menos 40.819 mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, na maioria mulheres e menores.

O anúncio no domingo causou intensa agitação em Israel e intensificou ainda mais as críticas ao primeiro-ministro, acusado de não fazer o suficiente para libertar os reféns ainda detidos.

O próprio Presidente norte-americano, Joe Biden, cujo país é o principal aliado de Israel, criticou Netanyahu por não ter ainda feito a sua parte para alcançar um acordo com o Hamas.

Na noite de segunda-feira, o chefe do Governo de Telavive reiterou que não cederia à pressão e que iria manter a operação militar contra o grupo palestiniano, recusando-se a ceder o controlo da faixa estratégica do Corredor de Filadélfia, no sul do enclave, e que tem sido uma das principais fontes de bloqueio das negociações.

Leia Também: Hamas ameaça que reféns serão mortos se não houver cedências de Israel

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