"Tropas da 7.ª Brigada continuam a alargar as operações nos arredores de Deir al-Balah", onde os soldados também encontraram munições, mísseis antitanque, coletes militares e facas, que, segundo um comunicado do exército, estavam ao lado de um berço de bebé, num prédio residencial.
Nas últimas duas semanas, os militares israelitas reivindicaram a eliminação de "dezenas" de combatentes palestinianos, sem especificar números, e atacaram mais de 100 alvos com ataques aéreos contra o sul da Faixa de Gaza.
Deir al-Balah tinha sido poupada até agora dos combates que decorriam na vizinha Khan Yunis, mas não de ataques aéreos, e era um importante ponto de refúgio para os deslocados palestinianos e um imprescindível centro de operações para as organizações humanitárias.
A zona tinha também sido incluída nas ordens de evacuação decretadas há uma semana.
No domingo, o exército renovou as ordens de evacuação, neste caso dirigidas a um pequeno setor que estava incluído na "zona humanitária" -- que se estende também ao longo de Khan Yunis e da localidade costeira Mawasi.
A ordem foi justificada com "atividade terrorista" na área, segundo afirmou um porta-voz militar à agência noticiosa EFE.
Na sequência dos ataques, centenas de doentes fugiram do hospital Mártires de Al Aqsa, divulgou no domingo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).
As forças israelitas emitiram uma ordem de evacuação nas proximidades do hospital, que é apoiado pela MSF, em Deir al-Balah, instando as pessoas a fugirem.
"Uma explosão a cerca de 250 metros causou pânico e muitos (doentes) abandonaram o hospital", relatou a organização não-governamental (ONG).
Dos 650 pacientes do hospital apenas 100 permaneciam no local e dos quais sete estão em unidades de terapia intensiva, informou a organização, citando números do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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