Dois imigrantes mortos em naufrágio no Canal do Mancha
Dois imigrantes morreram hoje de manhã ao tentarem atravessar o Canal da Mancha, elevando para nove o número de mortos desde meados de julho, anunciaram as autoridades francesas.
© Reuters
Mundo Migrações
A sua embarcação "foi registada em dificuldades [hoje] de manhã ao largo da costa entre Calais e Dunquerque", indicou a autoridade marítima da Mancha e do Mar do Norte.
Foram mobilizados "vários meios náuticos" para ajudar as pessoas a bordo, incluindo um helicóptero e vários navios, e "cerca de 50 pessoas foram resgatadas", acrescentou a prefeitura.
Nas últimas semanas, as tragédias sucederam-se ao largo da costa francesa, com sete mortes em tentativas de travessia em julho, uma vez que as travessias do Canal da Mancha em embarcações improvisadas são particularmente frequentes no verão.
Estas mortes ocorreram durante tentativas de chegar a Inglaterra, que tem sido abalada nos últimos dias pela violência durante manifestações anti-imigração e anti-muçulmanas.
Entre 12 e 19 de julho, seis migrantes morreram em três naufrágios em embarcações sobrelotadas: quatro em 12 de julho, uma mulher eritreia em 17 de julho e um homem em 19 de julho.
Em 28 de julho, Dina, uma mulher Bidun de 21 anos - uma minoria apátrida do Kuwait - morreu esmagada no bote que a deveria levar para Inglaterra.
Em todas estas situações, os barcos estavam muito carregados. O número de pessoas a bordo atingiu 86 em 19 de julho.
Durante todo o ano de 2023, 12 migrantes morreram ao tentar chegar a Inglaterra por mar, segundo a autoridade marítima. Este número de mortos já duplicou este ano, com 23 mortes desde janeiro, de acordo com a última contagem oficial, antes da tragédia de hoje.
Há anos que a França e o Reino Unido tentam travar estas tentativas de atravessar o Canal da Mancha em botes de borracha.
Em meados de julho, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o novo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, comprometeram-se a "reforçar a cooperação em matéria de migração irregular", à margem de uma cimeira com 40 líderes europeus.
Assim que tomou posse, no início de julho, Keir Starmer confirmou que o controverso plano de deportação de migrantes para o Ruanda, lançado em 2022 pelos conservadores então no poder, mas nunca implementado, seria abandonado.
Em vez disso, anunciou que pretendia acelerar o tratamento dos dossiês dos requerentes de asilo, intensificando simultaneamente a luta contra os passadores de pessoas, a fim de "reforçar" as fronteiras.
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