Marinha da Guarda Revolucionária iraniana reforçada com mísseis e drones
A Guarda Revolucionária iraniana reforçou hoje a sua força naval com milhares de mísseis de cruzeiro e 'drones' (aeronaves não-tripuladas), num contexto de tensão no Médio Oriente.
© Reuters
Mundo Médio Oriente
A medida foi divulgada enquanto se aguarda uma já anunciada retaliação iraniana contra Israel pelo assassínio em Teerão do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, a 31 de julho.
Numa cerimónia presidida pelo comandante-supremo da Guarda Revolucionária, o major-general Hossein Salami, foram adicionados 2.640 sistemas de mísseis, 'drones' e outros equipamentos à força naval daquela unidade militar de elite, informou a agência noticiosa Tasnim.
A Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária, precisou que "os mísseis têm novas capacidades, como ogivas altamente explosivas e interceção zero, pelo que o impacto de cada um deles poderá causar danos graves e afundar contratorpedeiros dos inimigos".
Segundo a mesma fonte, durante a cerimónia apenas foram mostrados 210 dos 2.640 novos equipamentos, entre os quais sistemas de mísseis de longo e médio alcance, 'drones' de combate, de reconhecimento e suicidas, sistemas de guerra eletrónica, radares navais e outros dispositivos de combate.
As autoridades iranianas prometeram vingança a Israel pelo assassínio de Haniyeh num ataque com um projétil de curto alcance disparado contra a sua residência em Teerão, no último dia de julho. O ataque é atribuído a Israel, que não confirma nem desmente.
De acordo com a comunicação social, a Guarda Revolucionária e o Exército iranianos têm estado nos últimos dias a preparar-se para uma eventual ofensiva contra o território israelita "pela violação da sua soberania e integridade territorial".
A República Islâmica e Israel são inimigos figadais, representam uma ameaça existencial mútua, competem pela hegemonia regional e travam há décadas uma guerra secreta com ciberataques, assassínios e ações de sabotagem.
Teerão lidera o chamado "Eixo da Resistência", uma aliança informal anti-Israel, composta pelo Hamas, o Hezbollah libanês e os Huthis do Iémen, entre outros grupos.
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