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ONG alertam para aumento da repressão na Venezuela após eleições

O Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS) e o Centro de Defensores e Justiça (CDJ) alertaram hoje para um aumento da repressão na sequência dos protestos na Venezuela no âmbito dos resultados oficiais das eleições, de há uma semana.

ONG alertam para aumento da repressão na Venezuela após eleições

© YURI CORTEZ/AFP via Getty Images

Lusa
03/08/2024 18:17 ‧ há 1 ano por Lusa

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deu como vencedor Nicolás Maduro.

 

Em comunicado de imprensa citado pela agência de notícias EFE, as duas Organizações Não Governamentais (ONG) alertaram "com preocupação" para o aumento da "violência e repressão, resultante das ações das forças de segurança do Estado, dos civis armados, conhecidos como coletivos, e dos grupos que compõem o Sistema de Proteção Popular para a Paz".

Na sequência dos protestos que ocorreram na Venezuela entre segunda-feira e terça-feira, as duas ONG indicam o registo da participação de "civis armados, em ações repressivas de intimidação, assédio e controlo social em coordenação, ou com a concordância de oficiais das forças de segurança do Estado".

O OVCS refere que documentou 915 protestos de cidadãos em todo o país entre 29 e 30 de julho, com um total de 138 manifestações "reprimidas", e nas quais "foi observada a presença de civis armados, coletivos, em pelo menos 119".

"Apelamos à comunidade internacional e aos organismos internacionais de proteção dos direitos humanos para que acompanhem os acontecimentos na Venezuela e exortem o Estado venezuelano a garantir, respeitar e proteger o exercício dos direitos civis e políticos", afirmaram.

Exigiram também a cessação das ações de "civis armados em funções de controlo da ordem pública", assim como apelam para que as agências de segurança cumpram as normas de uso progressivo e diferenciado da força, "e protejam os direitos à vida e à integridade das pessoas".

Os protestos começaram em várias partes do país na passada segunda-feira, quando a CNE declarou Maduro vencedor das eleições, um resultado que a maior coligação da oposição - a Plataforma Democrática Unida (PUD) - considera fraudulento, uma vez que afirma ter mais de 80% dos resultados eleitorais que - insistem - provam a vitória do seu candidato, o ex-embaixador Edmundo González Urrutia.

O resultado foi ratificado esta sexta-feira com 96,87% dos boletins de voto contados, segundo o balanço apresentado pelo CNE, pelo qual Maduro foi reeleito com 51,95% dos votos, enquanto González Urrutia obteve 43,18%.

Segundo o governo venezuelano, mais de 1.200 pessoas foram detidas por causa destas manifestações, algumas das quais, segundo o governo, são "terroristas", enquanto a ONG Foro Penal contabilizou 891 detidos, incluindo 89 adolescentes, assim como 11 civis mortos e um militar.

Leia Também: Uruguai partilha "grande preocupação" sobre Venezuela com Josep Borrell

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