Senegal chama embaixador da Ucrânia após publicação sobre o Mali

As novas autoridades senegalesas convocaram hoje o embaixador ucraniano em Dacar por ter publicado um vídeo de apoio aos recentes ataques mortais contra o exército do Mali e seus aliados russo.

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© Getty Images

Lusa
03/08/2024 16:58 ‧ 03/08/2024 por Lusa

Mundo

Senegal

No final de julho, o Exército do Mali e o grupo paramilitar russo Wagner sofreram um dos maiores reveses dos últimos anos no norte do país, sofrendo pesadas perdas, depois de combates com rebeldes separatistas e um ataque por elementos de um grupo da 'jihad' extremista.

 

Segundo analistas citados pela agência France-Presse (AFP), esta foi a derrota mais pesada sofrida pelo grupo Wagner numa única batalha em África.

Hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Senegal emitiu um comunicado em que diz que "ficou surpreendido com a publicação na página do Facebook da embaixada ucraniana em Dacar de um vídeo de propaganda do Exército ucraniano, acompanhado de um comentário do próprio embaixador ucraniano".

O departamento governamental criticou a publicação, considerando que é um "apoio inequívoco e sem reservas ao ataque terrorista perpetrado no norte do Mali por rebeldes tuaregues e membros do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (JNIM) contra as Forças Armadas do Mali".

O ataque, de acordo com o MNE senegalês, resultou em "perdas significativas de vida".

"Constante na sua posição de neutralidade construtiva no conflito russo-ucraniano, o Senegal não pode tolerar qualquer tentativa de transferir para o seu território a propaganda mediática atualmente utilizada neste conflito", sublinhou o MNE.

O ministério responsável pelas relações externas do Senegal acrescentou que o país "rejeita o terrorismo em todas as suas formas e não pode aceitar, no seu território e de que maneira for, comentários e gestos que glorifiquem o terrorismo, especialmente com o objetivo de desestabilizar um país irmão como o Mali".

A Rússia lançou uma ofensiva contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, dando início ao pior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Desde 2022, a junta do Mali liderada pelo coronel Assimi Goita, rompeu com a sua aliança de longa data com a França e os seus parceiros europeus, virando-se militar e politicamente para a Rússia.

Já esta semana, o apoio de Moscovo a Bamaco foi expressado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, numa chamada com o seu homólogo maliano, Abdoulaye Diop.

Leia Também: União Africana e UE condenam ataque que fez 32 mortos na Somália

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