Israel mata mais quatro palestinianos num segundo ataque na Cisjordânia
Mais quatro palestinianos foram mortos num segundo ataque de um 'drone' israelita em Tulkarem, no norte da Cisjordânia, elevando para nove o total de mortos hoje pelo exército de Israel.
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Mundo Médio Oriente
Os restantes cinco palestinianos, identificados como milicianos, foram mortos num ataque semelhante horas antes na mesma cidade, figurando, entre eles Haitham Balidi, comandante das Brigadas al-Qasam - o braço armado do Hamas - na cidade, e de Abdul Jabbar "Al-Dahrouki", comandante da Jihad Islâmica em Tulkarem.
"Numa operação adicional, as Forças de Defesa de Israel (FDI) eliminaram uma célula terrorista num ataque aéreo durante confrontos como parte da atividade antiterrorista na área de Tulkarem", refere-se num comunicado militar.
Israel disse que este segundo ataque com 'drone' ocorreu durante confrontos armados, quando os "quatro terroristas" estavam a disparar contra as tropas.
No início da manhã, Israel efetuou um bombardeamento com dois mísseis lançados por 'drones', reivindicando a morte de cinco combatentes da Brigada de Tulkarem, a milícia local de múltiplas fações, tendo como alvo o seu líder ligado ao Hamas, Haitham Balidi, que acabou abatido.
A Brigada de Tulkarem confirmou a morte de Balidi e de "Al-Dahrouki".
O diretor do hospital Thabet de Tulkarem, Amin Khader, disse que chegaram os corpos de cinco pessoas, queimados e carbonizados para lá do reconhecimento, com exceção de Balidi.
"Um 'drone' da força aérea israelita, guiado pelos serviços secretos do Shin Bet [a agência de segurança israelita], atacou cinco terroristas num veículo na aldeia de Qaffin", na região de Tulkarem, informou o exército israelita em comunicado, alegando que os palestinianos "estavam a caminho de um ataque terrorista".
O 'drone' atingiu o veículo com dois mísseis, matando os cinco jovens que se encontravam no veículo e incendiando o carro, informou a agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.
Desde o início da guerra de Gaza, Tulkarem tornou-se um dos principais focos de violência na Cisjordânia, juntamente com Jenin, onde também opera uma brigada local que reúne as várias milícias palestinianas, tanto islamitas como laicas.
A Cisjordânia ocupada está a viver a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-05) e, até agora, em 2024, cerca de 264 palestinianos foram mortos por fogo israelita, na sua maioria milicianos ou atacantes, mas também civis, incluindo pelo menos 50 menores, de acordo com a contagem da EFE.
O ano de 2023 foi o mais mortífero das últimas duas décadas, com mais de 520 mortos.
O exército israelita intensificou as suas já frequentes incursões na Cisjordânia na sequência do ataque do Hamas de 7 de outubro e, desde então, pelo menos 604 palestinianos foram mortos em incidentes violentos com Israel - incluindo pelo menos 144 menores - na sua maioria por tropas e uma dúzia por colonos.
Do lado israelita, 18 pessoas foram mortas este ano no contexto do conflito, na sua maioria em ataques palestinianos: 11 militares e sete civis, cinco dos quais colonos.
O ministério palestiniano da Saúde comunicou também hoje a morte de um paramédico de 21 anos, Tamer Saqr, que sucumbiu aos ferimentos sofridos durante um ataque israelita na semana passada ao campo de refugiados de Balata, em Nablus, também no norte da Cisjordânia, quando se deslocava para tratar feridos.
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