Hamas reivindica ataque na Cisjordânia que deixou israelita ferido

O Hamas reivindicou hoje a autoria de um atentado na Cisjordânia ocupada, perpetrado por um palestiniano que disparou e esfaqueou um israelita, ferindo-o gravemente, como retaliação à morte do líder político do movimento islamita esta madrugada em Teerão.

Cisjordânia

© MARCO LONGARI/AFP via Getty Images

Lusa
31/07/2024 18:31 ‧ 31/07/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Confirmamos que as nossas brigadas reivindicam a responsabilidade pelas operações desta manhã, sublinhando que estas são as primeiras respostas rápidas ao assassinato cobarde do nosso grande líder nacional, o mártir Ismail Haniyeh", afirmou o Hamas em comunicado, alertando para mais ataques "nos próximos dias".

 

O exército israelita já tinha assinalado o ataque, que ocorreu por volta das 06:00 locais (04h00 em Lisboa) na estrada 60, perto da colónia de Beit Anun. 

"Um terrorista armado com uma pistola chegou no seu veículo à estrada de Okfim e abriu fogo contra um civil israelita que se encontrava no local. Posteriormente, o terrorista saiu do seu veículo e esfaqueou o civil", referiu o exército de Israel, num comunicado.

O agressor fugiu do local, provocando o bloqueio das estradas da zona pelas autoridades, que o perseguiram durante horas.

Mais tarde, o exército informou que as suas tropas "localizaram e detiveram um suspeito do ataque".

As autoridades israelitas não revelaram a identidade do agressor, mas o termo "terrorista" é habitualmente utilizado para designar os palestinianos que cometem atentados contra israelitas no contexto do conflito israelo-palestiniano.

O serviço de emergência israelita Magen David Adom (MDA) declarou que o incidente deixou um homem de 50 anos "em estado grave", que foi transportado para o hospital Sha'arei Tzedek "consciente e com ferimentos de faca na parte superior do corpo".

Os paramédicos encontraram a vítima perto do seu veículo, no qual viajava com duas jovens que saíram "ilesas" do incidente, disse uma fonte do MDA.

O Hamas informou hoje que Haniyeh foi morto num atentado em Teerão, que o grupo islamita atribuiu a Israel, que não confirmou nem desmentiu o seu eventual envolvimento.

A Cisjordânia ocupada está a viver a sua maior espiral de violência desde a segunda Intifada (2000-2005) e, até agora, em 2024, pelo menos 253 palestinianos foram mortos por fogo israelita, a maioria dos quais alegados milicianos ou atacantes, mas também civis.

Do lado israelita, 18 pessoas foram mortas até agora este ano: 12 militares e seis civis, cinco dos quais colonos.

Após a eclosão da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, em 07 de outubro de 2023, o exército israelita intensificou as suas incursões, agora frequentes, na Cisjordânia ocupada e, desde então, pelo menos 594 palestinianos foram mortos em incidentes violentos com Israel - incluindo pelo menos 143 menores - principalmente por tropas e uma dúzia por colonos. 

Israel tomou o controlo da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e, desde então, tem mantido uma ocupação militar destes territórios palestinianos. 

Além disso, Israel promove uma política de expansão dos colonatos, apesar destes serem classificados como ilegais à luz do direito internacional. 

Leia Também: Médio Oriente. Guerra em Gaza pode complicar substituição de Haniyeh

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