O chefe do Departamento de Estado para a América Latina, Brian Nichols, reproduziu nas redes sociais a declaração divulgada na terça-feira pelo Carter Center - a organização norte-americana convidada como observadora na Venezuela - que concluiu que as eleições não tiveram garantias democráticas.
"A declaração do Carter Center confirma mais uma vez o que milhões de venezuelanos já sabiam: a total falta de transparência na publicação dos resultados deixa sem sentido o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral de 29 de julho", escreveu Nichols.
Na mesma mensagem, Nichols afirmou que "a vontade dos eleitores venezuelanos deve ser respeitada".
O CNE declarou a vitória de Maduro, na manhã de segunda-feira, com 51% dos votos, mas o principal bloco da oposição garante ter na sua posse 85% das atas eleitorais emitidas, alegando uma vitória por larga margem do seu candidato, Edmundo González Urrutia, substituiu a líder da oposição María Corina Machado, que foi impedida de se candidatar.
A ONU, a União Europeia (UE), os Estados Unidos, o Brasil, a Colômbia, o Chile, o México, a Argentina e Espanha, entre outros países e organizações, pediram às autoridades eleitorais venezuelanas que publicassem os registos das votações para verificar a alegada vitória de Maduro.
Na terça-feira, Nichols já tinha rejeitado os apelos de alguns líderes chavistas à detenção de Edmundo González e de María Corina Machado, pelos protestos que ocorreram no país após as eleições.
"Os venezuelanos têm o direito constitucional de expressar as suas opiniões livremente e sem represálias", disse o responsável norte-americano.
Leia Também: "Respeito". Opositor de Maduro agradece à comunidade internacional