Os manifestantes, reunidos na Praça da Palestina, no centro de Teerão, gritaram palavras de ordem como "morte a Israel" e "morte à América" e agitaram as bandeiras do Irão, da Palestina e do movimento xiita libanês Hezbollah, repudiando o assassínio de Haniyeh, segundo as imagens transmitidas pela televisão estatal iraniana.
Os participantes também empunhavam cartazes e retratos do líder supremo do Irão, Ali Khamenei, e do líder do Hamas, que foi morto juntamente com um dos seus guarda-costas num ataque à sua residência em Teerão.
O incidente, que ocorreu horas depois de Haniyeh ter participado na cerimónia de tomada de posse do Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, foi atribuído a Israel, que, no entanto, não reconheceu a responsabilidade pelo assassínio.
Na quinta-feira de manhã, terá lugar na capital iraniana uma cerimónia fúnebre pela morte de Haniyeh, que deverá contar com a presença de milhares de pessoas.
O Governo iraniano também anunciou três dias de luto nacional, condenando o "ato brutal" que, sublinhou, "acrescentou mais uma folha à vergonhosa lista de crimes cometidos pela seita sionista criminosa e usurpadora [Israel]".
O ayatollah Khamenei, por seu lado, avisou que o Irão irá vingar-se de Israel.
"Com este ato, o regime sionista criminoso e terrorista [Israel] preparou o terreno para um duro castigo e consideramos ser nosso dever vingar o assassínio no território da República Islâmica do Irão", afirmou Khamenei num comunicado.
O Hamas e outros movimentos islamistas palestinianos estão em guerra com Israel desde 07 de outubro de 2023, depois de terem atacado o território israelita, matando cerca de 1.200 pessoas e feito reféns cerca de 250 pessoas.
Em resposta, Israel lançou uma campanha de bombardeamento contra a Faixa de Gaza que, até à data, já provocou mais de 39.400 mortos e envolveu também o Hezbollah e os Huthis do Iémen, que, entre outros, integram a aliança informal anti-israelita, denominada "Eixo da Resistência", liderada por Teerão.
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