União Europeia preocupada sobre violência policial no Bangladesh

O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, demonstrou preocupação sobre os "assassinatos" ocorridos durante manifestações no Bangladesh pedindo uma investigação exaustiva.

chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell,

© FREDERICK FLORIN/AFP via Getty Images

Lusa
30/07/2024 09:50 ‧ 30/07/2024 por Lusa

Mundo

Bangladesh

A União Europeia denunciou o "uso excessivo da força" contra manifestantes nos recentes protestos tendo o chefe da diplomacia europeia transmitido a preocupação do bloco europeu ao ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Daca. 

 

Em comunicado, Borrell disse que abordou a questão com Abdul Momen, ex-chefe da diplomacia do Bangladesh que representou oficialmente o país na última reunião da Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAN) que decorreu no passado dia 27 no Laos. 

Para Borrell são "preocupantes" as informações sobre a política de Daca quanto ao uso de armas de fogo por parte das autoridades contra manifestantes.  

No mesmo documento Borrell referiu-se aos atos de violência, atos de tortura e às detenções arbitrárias.

"Estes atos devem ser investigados de forma exaustiva e os responsáveis devem ser julgados", disse Borrell. 

Para o político espanhol "devem ser julgados os vários casos de uso de força excessiva e letal por parte das autoridades (...) contra manifestantes e outras pessoas como jornalistas e crianças". 

Da mesma forma, Josep Borrell pede que os detidos sejam submetidos a "julgamentos justos".

O alto representante para a Política Externa avisou que a União Europeia vai acompanhar "de perto as ações das autoridades" sublinhando que os "direitos humanos devem ser plenamente respeitados".  

No domingo, o Governo do Bangladesh disse que morreram 147 pessoas durante os confrontos da semana passada.

Os protestos dos estudantes - contra as quotas de contratação de cidadãos para cargos públicos - tornaram-se violentos a 15 de julho e a polícia iniciou uma violenta repressão contra os manifestantes.

O Movimento Estudantil Contra a Discriminação, uma plataforma política estudantil, partilhou uma lista de 266 pessoas mortas durante os confrontos.

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