"Já existem 3.800 presos nas Forças Armadas. A maioria já concluiu a sua formação", disse Kostenko em declarações ao diário local Pravda, admitindo que alguns deles já foram mortos ou feridos na linha da frente.
Kostenko reconheceu que o pedido de mobilização dos presos para as Forças Armadas ucranianas diminuiu pelo facto de a maioria dos voluntários ter sido incorporada no serviço militar. No entanto, admitiu que outros 1.200 reclusos poderão alistar-se em breve.
No início de maio, o parlamento ucraniano aprovou uma lei que prevê a mobilização voluntária de determinadas categorias de presos, excluindo os condenados pelos crimes de assassinato, pedofilia ou atentado à segurança nacional.
Os restantes apenas se poderão alistar caso tenham de cumprir menos de três anos para a conclusão da pena de prisão.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
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