França. Queixas de jornalistas após ameaças de morte da extrema-direita
Dezenas de queixas foram feitas por jornalistas e associações em França, junto da procuradora de Paris, na sequência de ameaças de morte feitas no sítio de extrema-direita 'Réseau Libre', alojado na Federação Russa.
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Mundo França
A informação foi obtida hoje junto de alguns dos queixosos.
Cerca de 180 jornalistas, eleitos e sindicalistas assinaram em outubro um artigo de opinião no diário 'L'Humanité', próximo do Partido Comunista, em que solicitavam ao governo que "protegesse, em todos os meios, o livre exercício da sua missão", por ocasião dos Estados Gerais da informação.
Pouco depois, a "Rede Livre" publicava "a lista dos candidatos a uma bala na nuca", com os nomes dos subscritores.
Estas ameaças reapareceram nos últimos dias, com um apelo no mesmo sítio à "eliminação" dos advogados autores de um artigo contra o partido de extrema-direita Rassemblement National, publicado entre as duas voltas das eleições legislativas francesas antecipadas.
à procuradoria de Paris abriu um inquérito sobre estas ameaças.
Em relação aos 180 subscritores do artigo no "L'Humanité", cerca de 40 queixas já foram apresentadas e outras 30 devem sê-lo esta semana, segundo um comunicado conjunto das estruturas sindicais, SNJ, CGT,CFDT e FO.
Os sindicatos de jornalistas, bem como as federações Europeia e Internacional de Jornalistas "querem que os factos não fiquem impunes". Como denunciaram: "Estes bandidos de pacotilha contribuem para a histeria do debate público, bem escondidos atrás de um computador".
A organização não governamental Repórteres sem Fronteiras (RSF) também apresentou caixa, tal como outros coletivos e redes de profissionais da informação, como a Forbidden Stories.
"Réseau libré" está alojado na Federação Russa, o que "torna de facto impossível quáquer cooperação judicial para identificar o autor dos factos", deplorou a RSF, em comunicado.
O grupo público France Médias Monde, que inclui a estação de televisão de informação internacional em contínuo France 24 e a Radio France Internationale (RFI), cujos jornalistas foram visados, indicou ter mobilizado as suas "direção jurídica, de segurança editorial e as células de luta contra a desinformação".
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