Tribunal iraquiano condena à morte mulher de líder do Estado Islâmico

Um tribunal iraquiano condenou à morte a mulher do líder do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, acusada de raptar mulheres da etnia religiosa Yezidi, foi hoje anunciado.

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Lusa
10/07/2024 13:19 ‧ 10/07/2024 por Lusa

Mundo

Abu Bakr al-Baghdadi

A mulher do polígamo Baghdadi foi trazida de volta ao Iraque depois de ter estado detida na Turquia, disseram à agência noticiosa AFP fontes judiciais, sob anonimato.

"O tribunal penal de Karkh (a oeste de Bagdade) condenou à morte a mulher do terrorista Abu Bakr al-Baghdadi pelo crime de colaboração com o grupo terrorista Daech (acrónimo árabe do EI) e pela detenção de mulheres Yezidi em sua casa", anunciou o Conselho Superior da Magistratura no seu site.

A mulher de Baghdadi deteve as mulheres yezidis que "foram depois raptadas" pelos jihadistas do EI em Sinjar, no norte do Iraque, segundo a mesma fonte.

Uma fonte judicial identificou a condenada como Asma Mohammed.

Washington anunciou em outubro de 2019 que as tropas norte-americanas tinham matado Baghdadi numa operação no noroeste da Síria, cinco anos depois de ter proclamado um "califado" sobre vastas áreas da Síria e do vizinho Iraque.

Durante a sua investida relâmpago no norte do Iraque, em 2014, os jihadistas do EI atacaram a minoria não muçulmana Yezidi, matando sistematicamente milhares de homens e transformando as mulheres em escravas sexuais.

Nos últimos anos, os tribunais iraquianos pronunciaram centenas de sentenças de morte e de prisão perpétua ao abrigo do código penal por pertencerem a um "grupo terrorista".

Entre os condenados contam-se mais de 500 homens e mulheres estrangeiros por pertencerem ao EI.

Em fevereiro, o Iraque tinha anunciado ter obtido "o repatriamento da família de Baghdadi", com uma fonte judicial a dizer à AFP que a mulher de Baghdadi, "detida na Turquia", tinha sido repatriada com os filhos.

Este anúncio coincidiu com a transmissão de uma entrevista com a "mulher de Baghdadi" pelo canal de televisão pan-árabe saudita Al Arabiya. Na altura, foi-lhe dado o nome de Asma Mohammed.

Em novembro de 2019, a Turquia afirmou ter detido a mulher de Baghdadi em junho de 2018, que os meios de comunicação social turcos identificaram como Asma Fawzi Mohammed al-Qubaysi.

As forças apoiadas pelos norte-americanos derrotaram o EI no Iraque em 2017 e na Síria dois anos mais tarde. Mas as células do grupo continuam a atacar civis e forças de segurança em ambos os países.

Leia Também: Polícia espanhola detém oito pessoas por troca de propaganda terrorista

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