"O Ministério do Comércio está a investigar as práticas da União Europeia no que diz respeito aos obstáculos ao comércio e ao investimento das empresas chinesas", anunciou a pasta, em comunicado.
A Comissão Europeia lançou uma série de processos contra a China nos últimos meses. Em meados de fevereiro, abriu o seu primeiro inquérito ao abrigo das novas regras antisubvenções contra uma filial do construtor ferroviário chinês CRRC, o líder mundial do setor.
Este grupo estatal, que concorria ao fornecimento de comboios elétricos à Bulgária, acabou por se retirar do concurso no final de março.
No final de abril, a Comissão abriu também uma investigação sobre os contratos públicos chineses relativos a dispositivos médicos, suspeitando de práticas "discriminatórias". Foram lançadas outras investigações sobre o fabrico de automóveis e a energia eólica.
No início de julho, a UE impôs até 38% de taxas alfandegárias adicionais sobre as importações de automóveis elétricos chineses, uma decisão que poderá tornar-se definitiva em novembro. Bruxelas acusa Pequim de favorecer ilegalmente os seus fabricantes através de subsídios.
O Ministério do Comércio chinês sublinhou hoje que a sua investigação foi motivada por uma queixa da Câmara de Comércio do país.
A queixa diz respeito, em particular, a "produtos como locomotivas, energia fotovoltaica e energia eólica", afirmou o ministério. O inquérito sobre as subvenções da UE deverá terminar a 10 de janeiro de 2025, mas poderá ser prorrogado por três meses.
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