Carla Bruni foi notificada, esta terça-feira, para comparecer perante um juiz, no âmbito do caso que envolve o seu marido, Nicolás Sarkozy.
A mulher do ex-presidente francês é suspeita de "ocultação de testemunho" e de "conspiração criminosa para preparar os crimes de fraude em tribunal e de corrupção de funcionários públicos estrangeiros".
Sarkozy é acusado de ter financiado ilegalmente a sua campanha eleitoral de 2017 com fundos alegadamente do então líder líbio, Muammar Kaddafi.
Sarkozy - que foi chefe de Estado em França entre 2007 e 2012 - é alvo de quatro acusações: recebimento de fundos públicos desviados, corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha eleitoral e associação criminosa com vista à prática de um crime.
Um dos réus do caso é o polémico empresário e traficante de armas Ziad Takieddine, que ao longo do tempo mudou várias vezes de versões sobre este processo. Segundo a acusação, Takieddine atuou como mensageiro entre o regime de Kaddafi e o gabinete presidencial francês.
Segundo a BFMTV, em 2020, uma dúzia de protagonistas montou uma operação de comunicação destinada a ilibar Nicolas Sarkozy do processo de financiamento da Líbia, pelo qual deverá ser julgado a partir de janeiro de 2025. 'Salvar Sarko' foi o nome dado esta operação e em que se acredita que a mulher do ex-chefe de estado terá participado.
Leia Também: Portugal manterá relação "muito próxima" com França seja qual for Governo