Banksy voltou a fazer das suas. Desta vez, largou uma instalação que retratava um barco com migrantes na plateia de vários concertos do festival Glastonbury, na Inglaterra, que decorreu até domingo. A surpresa valeu-lhe duras críticas por parte do ministro do Interior do Reino Unido, James Cleverly, que considerou que o gesto foi “vil e inaceitável”. Ainda assim, o artista anónimo não se deixou ficar.
“Há uma série de pessoas que estão a brincar e a celebrar ações criminosas que custam vidas. Morrem pessoas no Mediterrâneo, morrem no Canal da Mancha. Isto não tem piada. É vil. Isto é uma celebração da perda de vidas no Canal da Mancha. Uma coisa destas, penso eu, é profundamente indecente”, disse o responsável, em declarações à Sky News.
Cleverly atirou ainda que, na sua ótica, “brincar com isto, celebrá-lo num festival pop, quando há crianças a morrer no Canal, é completamente inaceitável”.
Banksy carried out a stunt at Glastonbury, launching a mock-up small boat complete with dummy migrants into the crowd. The festival is surrounded by an 8 km 20 ft high perimeter with guards and watchtowers, while the border is wide open. Full report: https://t.co/eTqLexdvg5 pic.twitter.com/2bYtWW0ZNm
— m o d e r n i t y (@ModernityNews) June 29, 2024
Banksy reagiu às declarações esta quarta-feira, tendo lançado que lhe parece ser “vil e inaceitável” que a embarcação que usou como inspiração tenha sido apreendida pelas autoridades italianas “como castigo”.
“O ministro do Interior disse que o meu barco de Glastonbury foi 'vil e inaceitável', o que me pareceu um pouco exagerado. O verdadeiro barco que financio, o MV Louise Michel, resgatou 17 crianças não acompanhadas do Mediterrâneo, na segunda-feira à noite. Como castigo, as autoridades italianas apreenderam-no - o que me parece vil e inaceitável", escreveu, na rede social Instagram.
Saliente-se que a instalação de arte surgiu enquanto a banda de rock Idles atuava o tema antidiscriminação ‘Danny Nedelko’, tendo regressado para o espetáculo de Little Simz.
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