França expulsou cidadão acusado de ser "agente de influência" de Teerão

A França expulsou hoje um cidadão iraniano suspeito de ser "agente de influência" da República Islâmica e de ter "ligações" com os Guardas da Revolução, disseram à France Presse o advogado e uma fonte próxima do caso.

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Lusa
03/07/2024 14:07 ‧ 03/07/2024 por Lusa

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Bashir Biazar, que estava sujeito a uma ordem emitida pelo Ministro do Interior francês, encontrava-se detido em Metz (leste de França) desde o início de junho tendo "embarcado hoje num avião para Teerão", disseram as mesmas fontes.

Rachid Lemoudaa, advogado de Biazar criticou a decisão, afirmando em entrevista à Agência France-Presse que o cliente nunca constituiu uma "ameaça à ordem pública" em França.

A agência noticiosa iraniana Isna citou hoje o gabinete para as relações públicas da Presidência iraniana, afirmando que Bashir Biazar "detido e encarcerado ilegalmente em França há algumas semanas, foi libertado e está a caminho de casa (Irão)".

O processo contra Biazar, que vivia em França com a mulher e os dois filhos, vem juntar-se a uma longa lista de litígios entre Paris e Teerão.

Três cidadãos franceses continuam detidos no Irão, considerados pelas autoridades francesas como "reféns do Estado" iraniano.

Biazar, que se apresenta como produtor musical, é um "'agente de influência', um agitador que promove os pontos de vista da República do Irão e, mais preocupante ainda, persegue os opositores ao regime", disse um representante do Ministério do Interior de França, durante uma audiência no Tribunal Administrativo de Paris.

As autoridades francesas acusam-no também de ter publicado nas redes sociais mensagens relacionadas com a guerra na Faixa de Gaza nas quais se referia a Israel como "cães sionistas" e "assassinos de crianças".

Durante a audiência, Lemoudaa afirmou que a ordem de expulsão se baseia em "suposições" e que os comentários do cliente são uma questão de "liberdade de expressão".

O advogado também se mostrou surpreendido com o facto de o Ministério do Interior ter esperado quase um mês para executar a ordem de expulsão, apesar de Biazar, cuja autorização de residência era válida até 2026, ter feito saber que não "desejava permanecer em território francês".

Durante este período, o Biazar foi privado da liberdade e esteve em "greve de fome" no centro de detenção francês, como forma de protesto, afirmou Lemoudaa.

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