Garotinho, do Partido da República, na oposição, que afirma ter conhecimento dessa informação por uma "fonte pessoal", mencionou esta viagem hoje durante uma audiência pública conjunta das comissões de Segurança Pública e de Fiscalização Financeira e Controle, ambas da Câmara dos Deputados.
O ministro da Justiça brasileiro, José Eduardo Cardozo, e o delegado Roberto Ciciliati Troncon, representante da Polícia Federal de São Paulo, foram ambos ouvidos pelos parlamentares, incluindo Garotinho.
Rosemary Noronha foi exonerada do cargo na semana passada, após a operação "Porto Seguro", desencadeada em 23 de Novembro, que revelou a existência de um esquema de fraudes de pareceres técnicos de importantes agências do Governo, em favorecimento de privados.
Segundo Garotinho, Rosemary terá entrado em Portugal com uma mala diplomática contendo 25 milhões de euros e depositado este dinheiro numa conta do Banco Espírito Santo (BES), na cidade do Porto, sem mencionar a data e o objectivo do depósito.
Quando questionado sobre esse dado, o representante da Polícia Federal de São Paulo, delegado Roberto Cicliati Troncon, disse desconhecer a alegação.
"Diante dessa informação, que para nós é nova, vamos movimentar nosso adido em Lisboa, para buscar mais informações", disse o delegado, citado pela Agência Câmara, a agência de notícias oficial da Câmara dos Deputados.
Na sua página pessoal na internet, Garotinho divulgou ainda que enviará um requerimento ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil solicitando mais informações sobre as viagens do ex-Presidente Lula da Silva a Portugal.
A intenção do requerimento é provar o envolvimento entre o ex-Presidente e a funcionária exonerada.
