Tensão na Bolívia. Eis o momento em que o presidente confronta general
"Eu sou o seu comandante e ordeno que retire os seus soldados, não permitirei essa insubordinação", sublinhou Luis Arce, dirigindo-se a Juan José Zúñiga, que liderou a mobilização militar que aconteceu esta quarta-feira no país.
© Reprodução redes sociais
Mundo Luis Arce
O presidente da Bolívia, Luis Arce, confrontou o comandante-geral do Exército, no corredor do palácio presidencial, em La Paz. Foi Juan José Zúñiga quem ordenou e liderou a mobilização militar que ocorreu esta quarta-feira no país.
Um vídeo divulgado na televisão boliviana - que pode ver abaixo - mostrou o momento. "Eu sou o seu comandante e ordeno que retire os seus soldados, não permitirei essa insubordinação", sublinhou Arce, dirigindo-se a Juan José Zúñiga.
Recorde-se que o presidente da Bolívia, Luis Arce, nomeou novos chefes Exército, da Marinha e da Força Aérea, cerca de uma hora depois de ter denunciado estarem a decorrer "mobilizações irregulares" de algumas unidades do Exército do país.
#GolpeDeEstado #Bolivia
— Témoris Grecko (@temoris) June 26, 2024
Un momento para la historia: el presidente Luis Arce confronta personalmente al general Zúñiga.
No parece que los golpistas estén teniendo éxito. Ni el secretario general de la OEA, Luis Almagro, apoya la intentona (sí lo hizo en la de 2019). pic.twitter.com/ym5LpjOnYD
Após ter sido nomeado novo chefe do exército, José Wilson Sánchez falou no palácio presidencial em La Paz, ordenando a todas as forças militares que se desmobilizem e regressem aos seus batalhões. "Ordeno a todos os que estão mobilizados que regressem às suas unidades. Ninguém quer as imagens que estamos a ver nas ruas", afirmou.
As tensões têm vindo a aumentar na Bolívia antes das eleições gerais de 2025, com o ex-presidente de esquerda Evo Morales a planear concorrer contra o antigo aliado Arce, criando uma grande rutura no partido socialista no poder e uma incerteza política mais ampla.
Muitos não querem o regresso de Morales, que governou entre 2006 e 2019, quando foi deposto no meio de protestos generalizados e substituído por um governo conservador interino. Arce então venceu as eleições em 2020.
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