Partido Conservador retira apoio a candidatos por fazerem apostas
O Partido Conservador decidiu hoje retirar o seu apoio a dois candidatos às eleições legislativas de 04 de julho no Reino Unido que estão a ser investigados por terem apostado na data do escrutínio.
© Dan Kitwood/Getty Images
Mundo Reino Unido
"Na sequência de investigações internas, concluímos que não podemos continuar a apoiar Craig Williams ou Laura Saunders como candidatos parlamentares nas próximas eleições legislativas", declarou um porta-voz do Partido Conservador britânico.
O escândalo, que prejudicou ainda mais as reduzidas possibilidades de vitória dos conservadores, surgiu a pouco mais de uma semana das eleições.
Segundo as sondagens, os trabalhistas liderados por Keir Starmer são largamente favoritos contra o partido do primeiro-ministro, Rishi Sunak.
O porta-voz dos 'tories' (conservadores) afirmou que a comissão reguladora do setor das apostas, a Gambling Commission, confirmou, após ter sido consultada, que a decisão não interfere com a sua própria investigação em curso.
Numa primeira reação à notícia, Starmer, que já tinha criticado Sunak por não ter tomado medidas, perguntou: "Porque é que isto não aconteceu há uma semana?"
Até agora, o primeiro-ministro, que se declarou "muito zangado" com o escândalo, tinha optado por não intervir para não interferir com os inquéritos às suspeitas de uso de informação privilegiada.
No entanto, mesmo dentro das suas próprias fileiras, multiplicaram-se os apelos para que atuasse, a fim de pôr termo a um caso que prejudicou a credibilidade do partido no poder.
Para além de Williams e Saunders, o marido desta última e chefe da campanha eleitoral conservadora, Tony Lee, e o responsável pela análise de dados, Nick Mason, estão também a ser investigados, estando ambos atualmente de baixa.
Um membro da equipa de segurança do primeiro-ministro foi também suspenso por causa do caso.
Sunak surpreendeu em 22 de maio ao convocar eleições legislativas para 04 de julho, uma vez que a maioria dos analistas e políticos esperavam que se realizassem no outono.
De acordo com a imprensa britânica, existem mais pessoas a ser investigadas após levantarem suspeitas por terem feito apostas poucos dias antes do anúncio da data do escrutínio, o que levou a crer que tinham acesso a informação privilegiada sobre o assunto.
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