Pequim rejeita acusações dos EUA e NATO sobre apoio à Rússia
A República Popular da China acusou hoje os Estados Unidos de "difundir informações falsas", depois de o secretário de Estado norte-americano ter instado Pequim a "deixar" de apoiar o esforço de guerra russo na Ucrânia.
© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
"Opomo-nos veementemente a que os Estados Unidos divulguem informações falsas sem qualquer prova e culpem a China", afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa, em Pequim.
"No que diz respeito à crise ucraniana, a China nunca deitou 'achas para a fogueira' nem procurou tirar partido da situação e sempre se dedicou às conversações de paz", respondeu o porta-voz da diplomacia chinesa, questionado pelos jornalistas.
"A China não fornece armas a nenhuma das partes em conflito, controla rigorosamente a exportação de bens civis e militares e tem sido elogiada pela comunidade internacional", acrescentou Lin Jian.
Terça-feira, numa conferência de imprensa conjunta, em Washington, com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, Antony Blinken denunciou o apoio da República Popular da China à guerra da Rússia na Ucrânia.
"A China fornece um apoio essencial ao complexo militar e industrial da Rússia", afirmou, acrescentando que "70% das máquinas importadas pela Rússia são provenientes da China" e "90% da microeletrónica" chinesa.
"Permite à Rússia manter uma base militar e industrial, manter a máquina de guerra, manter a guerra. Portanto, isto tem de acabar", disse.
A República Popular da China não fornece armas diretamente à Rússia, mas os Estados Unidos acusam as empresas chinesas de fornecerem componentes e equipamento à indústria de armamento russa.
"A China não pode ter as duas coisas. Não pode continuar a ter relações comerciais normais com os países europeus e, ao mesmo tempo, alimentar a maior guerra a que assistimos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou Stoltenberg.
A China absteve-se de participar na cimeira sobre a paz na Ucrânia, realizada no passado fim de semana na Suíça, devido à ausência de Moscovo.
Leia Também: Embaixadas de Timor-Leste de sete países já podem emitir vistos
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com