Movimento terrorista para EUA? Milícia iraquiana diz ser "reconhecimento"

O movimento Ansar Allah al-Awfiya, milícia que integra a Resistência Islâmica no Iraque, considerou hoje que a designação como "organização terrorista" pelos EUA, pelo envolvimento num ataque mortal com 'drones' na Jordânia, é um "reconhecimento da luta heroica".

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© Heidi Levine para o The Washington Post via Getty Images

Lusa
18/06/2024 14:13 ‧ 18/06/2024 por Lusa

Mundo

Ansar Allah al-Awfiya

Num comunicado, o grupo pró-iraniano considerou a designação, que visa também o secretário-geral do movimento, o xeque Haydar Muzhir Malak al-Saidi, como "injusta", sobretudo pela descrição "arrogante" que faz do grupo.

No entanto, o movimento sublinha que a decisão norte-americana se trata, paralelamente, de "um reconhecimento implícito da luta heroica e da defesa honrosa dos direitos dos povos oprimidos".

É "a prova" de que os membros do grupo "representam símbolos de coragem e dignidade" porque "enfrentaram desafios [...] com uma determinação inabalável", segundo o comunicado do Ansar Allah al-Awfiya, que considera que a acusação de terrorismo "não é mais do que um distintivo de honra e orgulho" que "confirma que estão no caminho certo na defesa das causas justas" do seu país.

Na mesma nota, a milícia - que faz parte do autoproclamado grupo de Resistência Islâmica do Iraque - afirma que vai continuar a luta "com maior determinação" contra as forças da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos ainda presentes em território iraquiano.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, acusou na segunda-feira o movimento de "atacar repetidamente" a coligação internacional que luta contra as forças do grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria, juntamente com outras milícias como o Kataib Hezbollah e o al-Nujaba, que compõem a Resistência Islâmica do Iraque.

Miller afirmou ainda que o grupo reivindicou a responsabilidade por dezenas de ataques recentes contra militares norte-americanos no Iraque e na Síria e ainda "o ataque com um drone em janeiro que matou três militares norte-americanos na Jordânia".

Leia Também: Turquia anuncia morte de 17 "terroristas" curdos no Iraque e Síria

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